domingo, 30 de março de 2008

Um buraco no meio do domingo

Pois é! Eu ia pelo calçadão da Av. Albino de Almeida, fotografando aquilo do meu lado e aquilo do outro lado, quando chego na passagem de pedestres e encontro um rebaixo, melhor dizendo, ENCONTRO UM BAITA DE UM BURACÃO, bem no meio geométrico dela, mostrado na fotim aqui de baixo, pronto pra quebrar a perna de alguém.
De 10 a 12 cm de profundidade! Quase uma pirambeira, considerando-se a importância do local onde o cara-de-pau, ops, o cara-de-ferro resolveu estacionar. Fiz a fotim aí de cima, mais umas 40 de segurança, e saí em busca de novos motivos artísticos-fotográuficos, mas com a cabeça bolando mil manchetes sobre o buraco. Ah! Alguém ia ter que pagar o pato!

Continuando a minha ronda, bato uma foto de lá e outra de acolá, depois dobro à direita na Rua Sebastião José Rodrigues, como um dançarino dançando sem compasso, dobro a esquerda na Rua Gulhot Rodrigues, foto dali, outra lá de cima tirada daqui de baixo, do outro lado, quando... de repente, não mais do que de repente, para uma das maiores surpresas da minha vida, no mesmo momento sincronítico com a disparada na velocidade do som dos batimentos do meu coração, tão rápido que pensei que ia ter um catiripapo, vejo, em pleno meio da rua, três extra-terrestres esburacando a dita cuja com suas máquinas – compressor de ar e martelete – e ferramentas de precisão: cavadeiras, enxadas, enxadões e pás.

Pergunto-lhes se estavam extraindo amostras pra levar pra Marte.

- Não, Cara-pálida! – Me respondeu um deles, que devia ser o grande chefe.

E continuou:

- Eu sou do Surubi, esse é da Vila Vicentina e aquele outro é do Morro do Querozene! E nós pertencemos ao quadro de funcionários da empresa Águas das Agulhas Negras S/A. O senhor pode confirmar olhando para aquela placa ali.

E, realmente, a tal placa confirmava certas informações dele.

- E o quê coceis tão fazeno aí?

- Regularizando o nível de capeação da asfaltação da rua, isto é, levantando toda a armação de aço desta boca de inspeção, de tal forma que uma vez concluído o serviço, toda a sua superfície superior esteja em completo nivelamento com a superfície superior do asfalto.

- E depois? Cabô?

- Em absoluto, Cara-pálida! Temos em nossa relação aproximadamente 50 Ordens de Serviço, cada uma relativa à execução do mesmo trabalho em rebaixos semelhantes, inclusive de bocas-de-lobo, de todas as ruas de Resende.

- E qualéquié o próximo ou a próxima a ser atacado?

- Aquele no meio da passagem de pedestres do calçadão da Av. Albino de Almeida, no cruzamento com a Rua Gulhot Rodrigues. O senhor sabe onde fica?

- Nnnnããão, num sei não!

Minha cabeça deletou aquela idéia de endedar o quê ou quem quer que fosse o responsável por aquele rebaixo e que já acumulava umas vinte opções de texto. E deixei os homens compenetrados em seu serviço pensando:

- Pôxa, que legal! A tal das Águas de Resende se fazendo presente! Num domingo... Bem planejado: evita transtornos no trânsito de amanhã, segunda-feira! Parabéns, homens e diretores das Águas das Agulhas Negras, por essa intervenção e da forma como ela está sendo executada!

Mas esse serviço deveria ter sido planejado e realizado imediatamente após a liberação da pista pela empresa responsável pela asfaltação. Ficaram devendo alguns meses de pancadarias em pneus, amortecedores, feixes de molas e amortecedores.

Estão devendo também algumas coisinhas adicionais aos munícipes, taisquaismentes: como e quando poderemos contar com novos investimentos na captação e tratamento de mais água para o nosso município, a fim de que a atual demanda pelo consumo de água corresponda às reais necessidades, já do presente?

I água prus músicus!

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