domingo, 31 de agosto de 2008

Hoje, domingo, tem faisão assado

É domingo! Dia de prato especial em casa, quando não saímos para nos aventurar em algum restaurante escolhido entre as dezenas dos existentes na Grande Resende. Domingo passado fomos a uma churrascaria – preço fixo para 4 pessoas - e o que comemos foi uma bosta: bifes grelhados de picanha (maior sacrilégio, pensávamos que vinha a peça inteira), sem sal, arroz completamentemente sem tempero, uma chícara de farofa (Será que faltou para outros fregueses?).

Hoje será diferente! Meu filho Gu já foi encomendar um faisão assado. Minha mulher promete servi-lo junto com uma farofa caseira nota mil, arroz, purê de batatas (Que a minha netinha come muito bem!) e tabule, sem pepino (Que só a minha nora Helena devora uns 500 ml).

Falei em faisão assado porque me lembrei de um saudoso amigo falecido, o Jorge Serralheiro, mais conhecido como Minhoca.

Era assim, invariavelmente, aos domingos: uma turma de amigos reunia-se onde é hoje o Chop Salada, pertinho da minha casa, em frente de onde hoje se localiza o Banco Real, e cujo dono era o Vicente Diogo. Ninguém vendia mais frango assado do que ele em Resende. O dono atual é o meu amigo Alexandre, filho da Dona Vera, que continua com a venda de frango assado e com restaurante no mesmo local, só que agora sofrendo a concorrência de outros dois frangueiros e outros restaurantes, bem próximos a ele, sendo um deles o açougue Pica-pau que é, na verdade, um minimercado e que é o destino do Gu na busca do nosso faisão.

Nessas ocasiões, a turma – Minhoca, Hugo Metralha, Alan (também Metralha, falecido), Fernando Funga-funga (também Metralha, tombém falecido), Marreta, eu e outros amigos de presença nem sempre certa, se reunia ali pelas nove horas da manhã a até ali pelo meio dia, antes de apanhar o seu franguinho para fazer aquela média nas suas respectivas casas, enchíamos o cu de cachaça e de cerveja. Principalmente cerveja.

Quando chegava a hora do Minhoca nos deixar, ele se levantava da mesa, alisava a região de seu estômago com as duas mãos, olhava para a máquina de assar frangos, corria em seguida os olhos para os circunstantes e quando constatava que todos o observavam, dizia: “- Bem, amigos! Vou pegar o meu faisão assado e levá-lo pra Dona Maria”. Assim o fazia. Pagava a sua parte nas despesas da mesa, pagava pela encomenda da Dona Maria, botava a encomenda embrulhada em papel da Dona Maria debaixo do suvaco e partia com seu passo de Michele Bündchen, cruzando as pernas, no seu andar todo cheio de ginga pelo Manejo afora.

Minhoca era serralheiro de profissão e um dos serviços que ele mais executava era o conserto de molas dessas portas de aço que, novas ou velhas, sempre se soltam ou se quebram. Essas portas, com suas molas, representam uma dor-de-cabeça quase permanente, seja para quem for que as possua. Minhoca era visto na rua sempre lambuzado de graxa e carregando nos ombros para a sua oficina algum eixo cheio dessas molas.

Porque me recordei dele, senti suas saudades. Deve ser o responsável pelo perfeito funcionamento das portas do Céu, se não tiver sido contratado também pelo Capeta!

- I bibida prus musicus!

Tem um update no “duas luas”

Isso mesmo! Dá um pulinho para saber do que aconteceu no céu na noite de 27 pp. Aquele blá-blá-blá idiota sobre as duas luas da Terra, lembra-se?

- I bibida prus músicus!

sábado, 30 de agosto de 2008

Manejo, 30.08.2008

Garoa e chuva o dia inteiro. 20:45 hs. Lá fora, 18 ºC. Ôh, diazinho morrinha, deixando-me todo encarangado aqui dentro de casa!

Na TV, um baita programa eleitoral. Um verdadeiro descarrego de candidatos a vereador, todos prometendo a realização dos mais mirabolantes projetos, se eleitos forem. Outros, se re-eleitos, já macacos velhos, devem continuar camerando para darem continuidade à plena execução de suas iniciativas iniciadas (Eita!) já que não tiveram tempo suficiente, nesses quase quatro anos, para concluí-las. Quase todos se utilizando dos mesmos jargões dentro das suas falas: - vou fiscalizar o executivo, - tudo pelo social, - vou trazer mais indústrias, - vou aumentar a geração de empregos, vou isso, vou aquilo e vão e voam muito mais longe, muito mais alto. Acrescentem-se às suas falas pessoais: - sou evangélico, - sou pastor, - sou médico, dentista, enfermeira, funcionário da prefeitura, dona de casa, fulano da Caixa, entregador de gás, acompanhador do glorioso Resende FC...

Eita, ferro! Com esse pessoal, ninguém conseguirá mais segurar Resende!

Estranhei que ninguém até agora falou na estação do metrô aqui no Manejo... Numa base espacial... Na construção de um piscinão com água do Oceano Atlântico bombeada desde Angra dos Reis e areia trazida das dunas de Cabo Frio.

Enfim, coisas da política! Mas pelo menos, substituiu aquela falação das Olimpíadas. Agora, até que está mais engraçado, sem choração, ninguém fala em derrota, todos crêem que serão absolutamente vitoriosos e, em todos os rostos, sorrisos do “eu prometo”, “pergunte pra quem me conhece”, e o infactível “conto com o seu voto”, ou, mais abrangente, “conto com o seu voto e o da sua família”.

Será que no resto do Brasil é diferente?

- I bibida prus músicus!

Barriga é Barriga

- Arnaldo Jabour

Barriga é barriga, peito é peito e tudo mais. Confesso que tive agradável surpresa ao ver Chico Anísio no programa do Jô, dizendo que o exercício físico é o primeiro passo para a morte. Depois de chamar a atenção para o fato de que raramente se conhece um atleta que tenha chegado aos 80 anos e citar personalidades longevas que nunca fizeram ginástica ou exercício - entre elas o jurista e jornalista Barbosa Lima Sobrinho - mas chegaram à idade centenária, o humorista arrematou com um exemplo da fauna:

A tartaruga com toda aquela lerdeza ,vive 300 anos.

Você conhece algum coelho que tenha vivido 15 anos?

Gostaria de contribuir com outro exemplo, o de Dorival Caymmi. O letrista, compositor e intérprete baiano é conhecido como pai da preguiça. Passa 4/5 do dia deitado numa rede. Autêntico marcha-lenta, leva 10 segundos para percorrer um espaço de três metros. Pois mesmo assim e sem jamais ter feito exercício físico, completou 90 anos e nada indica que vá morrer tão cedo.

Conclusão: Esteira, caminhada, aeróbica, musculação, academia? Sai dessa enquanto você ainda tem saúde.

E viva o sedentarismo ocioso!

Não fique chateado se você passar a vida inteira gordo.

Você terá toda a eternidade para ser só osso!

Então: NÃO FAÇA MAIS DIETA!

Afinal, a baleia bebe só água, só come peixe, faz natação o dia inteiro, e é GORDA!

O elefante só come verduras e é gordo!

Viva a batata frita e o chopp!

Você tem pneus?

Lógico, todo avião tem!
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- Brigado Célia Borges, i bibida prus músicus!
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Update 02.09.2008: Meu amigo Valter me deu uma comida de rabo lá no post do cachorro dizendo que o Dorival Caymmi está morto, não servindo mais como paradigma pro blá-blá-blá dessa história do Chico Anísio. Então, pra não alterar a fala do Chico, acrescento que quando ele foi entrevistado pelo Jô, o Dorival Caymmi ainda estava vivo, deixando de permanecer nessa condição em 16 de agosto deste ano de 2008. A partir dessa data, o mesmo pode ser encontrado em alguma roda de samba lá no paraíso, juntamente com outros sambistas e compositores que, por algum tempo, permaneceram conosco.

- I bibida prus músicus traveiz!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Sobre a Vírgula

Conhecimento importante sobre o uso da vírgula

Vírgula pode ser uma pausa... ou não.

Não, espere.
Não espere.

Ela pode sumir com seu dinheiro.
23,4.
2,34.

Pode ser autoritária.
Aceito, obrigado.
Aceito obrigado.

Pode criar heróis.
Isso só, ele resolve.
Isso só ele resolve.

E vilões.
Esse, juiz, é corrupto.
Esse juiz é corrupto.

Ela pode ser a solução.
Vamos perder, nada foi resolvido.
Vamos perder nada, foi resolvido.

A vírgula muda uma opinião.
Não queremos saber.
Não, queremos saber.

Uma vírgula muda tudo!

SE O HOMEM SOUBESSE O VALOR QUE TEM A MULHER ANDARIA DE QUATRO À SUA PROCURA.

Se você for mulher, certamente colocou a vírgula depois de MULHER; se você for homem, colocou a vírgula depois de TEM.

- Brigado, Francine! I bibida prus músicus!

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

A arte de escrever bem

Foi contratado um professor de Língua Portuguesa para uma certa universidade carioca; logo na primeira aula ele distribuiu aos alunos uma lista de erros mais comuns que estamos publicando agora:

1. Deve evitar ao máx. a utiliz. de abrev., etc.

2. É desnecessário fazer-se empregar de um estilo de escrita demasiadamente rebuscado. Tal prática advém de esmero excessivo que raia o exibicionismo narcisístico.

3. Anule aliterações altamente abusivas.

4. não esqueça as maiúsculas no inicio das frases.

5. Evite lugares-comuns como o diabo foge da cruz.

6. O uso de parêntesis (mesmo quando for relevante) é desnecessário.

7. Estrangeirismos estão out; palavras de origem portuguesa estão in.

8. Evite o emprego de gíria, mesmo que pareça nice, sacou? ...então valeu!

9. Palavras de baixo calão, porra, podem transformar o seu texto numa merda.

10. Nunca generalize: generalizar é um erro em todas as situações.

11. Evite repetir a mesma palavra pois essa palavra vai ficar uma palavra repetitiva. A repetição da palavra vai fazer com que a palavra repetida desqualifique o texto onde a palavra se encontra repetida.

12. Não abuse das citações. Como costuma dizer um amigo meu: "Quem cita os outros não tem idéias próprias".

13. Frases incompletas podem causar

14. Não seja redundante, não é preciso dizer a mesma coisa de formas diferentes; isto é, basta mencionar cada argumento uma só vez, ou por outras palavras, não repita a mesma idéia várias vezes.

15. Seja mais ou menos específico.

16. Frases com apenas uma palavra? Jamais!

17. A voz passiva deve ser evitada.

18. Utilize a pontuação corretamente o ponto e a vírgula pois a frase poderá ficar sem sentido especialmente será que ninguém mais sabe utilizar o ponto de interrogação

19. Quem precisa de perguntas retóricas?

20. Conforme recomenda a A.G.O.P, nunca use siglas desconhecidas.

21. Exagerar é cem milhões de vezes pior do que a moderação.

22. Evite mesóclises. Repita comigo: "mesóclises: evitá-las-ei!"

23. Analogias na escrita são tão úteis quanto chifres numa galinha.

24. Não abuse das exclamações! Nunca!!! O seu texto fica horrível!!!!!

25. Evite frases exageradamente longas pois estas dificultam a compreensão das idéias nela contidas e, por conterem mais que uma idéia central, o que nem sempre torna o seu conteúdo acessível, forçam, desta forma, o pobre leitor a separá-la nos seus diversos componentes de forma a torná-las compreensíveis, o que não deveria ser, afinal de contas, parte do processo da leitura, hábito que devemos estimular través do uso de frases mais curtas.

26. Cuidado com a hortografia, para não estrupar a língúa portuguêza.

27. Seja incisivo e coerente, ou não.

28. Não fique escrevendo (nem falando) no gerúndio. Você vai estar deixando seu texto pobre e estar causando ambigüidade, com certeza você vai estar deixando o conteúdo esquisito, vai estar ficando com a sensação de que as coisas ainda estão acontecendo. E como você vai estar lendo este texto, tenho certeza que você vai estar prestando atenção e vai estar repassando aos seus amigos, que vão estar entendendo e vão estar pensando em não estar falando desta maneira irritante.

29. Outra barbaridade que tu deves evitar chê, é usar muitas expressões que acabem por denunciar a região onde tu moras, carajo! ...nada de mandar esse trem... Vixi... Entendeu bichinho?

30. Não permita que seu texto acabe por rimar, porque senão ninguém irá agüentar já que é insuportável o mesmo final escutar, o tempo todo sem parar.

- I bibida prus músicus!

terça-feira, 26 de agosto de 2008

Silogismos

Lógicas ilógicas...

Deus é amor.
O amor é cego.
Steve Wonder é cego.
Logo, Steve Wonder é Deus.

Imagine um pedaço de queijo suíço, daqueles bem cheios de buracos.
Quanto mais queijo, mais buracos. Óbvio!
Mas o buraco ocupa o lugar em que deveria haver queijo.
Assim, quanto mais buracos, menos queijo.
Ora, se quanto mais queijos mais buracos, e quanto mais buracos, menos queijo, logo, quanto mais queijo, menos queijo!

Ler traz conhecimento. Conhecimento é poder. Poder corrompe. Corrupção é crime. Crime não compensa. Logo, ler não compensa!

Disseram-me que eu sou um ninguém. Ninguém é perfeito. Logo, eu sou perfeito.

Nada é melhor do que a felicidade eterna.
Ora, mas um tomate já é melhor do que nada.
Logo, um tomate é melhor do que a felicidade eterna.

Penso, logo existo; repolho não pensa; logo, repolho não existe?

Toda regra tem uma exceção. Isto é uma regra, logo, tem uma exceção. Portanto, nem toda regra tem uma exceção.
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- Saiu assim, na maior tranqüilidade, essa história de silogismos, num papo agradável com a amiga Neide Borges, mesmo porque já estávamos de saco cheio de falar sobre colisão de galáxias.

- I bibida prus músicus!

O Ferbo “for”

- João Ubaldo Ribeiro

Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário - evidentemente o condizente com a nossa condição provecta -, tudo sairia fora de controle, mais do que já está. O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora, e talvez até que desapareça, mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo às minhas coevas (ao dicionário, outra vez; domingo, dia de exercício).

O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário, e a gente tinha de se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira.

Tudo escrito tão ruybarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente. Os textos em latim eram as Catilinárias, ou a Eneida, dos quais até hoje sei o comecinho. Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente, pela vida afora.

Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto), e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje. A oral de latim era particularmente espetacular, porque se juntava uma multidão, para assistir à performance do saudoso mestre de Direito Romano, Evandro Baltazar de Silveira. Franzino, sempre de colete e olhar vulpino (dicionário, dicionário), o mestre não perdoava.

- Traduza aí: “quousque tandem, Catilina, patientia nostra” - dizia ele ao entanguido vestibulando.- "Catilina, quanta paciência tens?" - retrucava o infeliz. Era o bastante para o mestre se levantar, pôr as mãos sobre o estômago, olhar para a platéia como quem pede solidariedade, e dar uma carreirinha em direção à porta da sala.

- Ai, minha barriga! - exclamava ele. - Deus, oh Deus, que fiz eu para ouvir tamanha asnice? Que pecados cometi, que ofensas Vos dirigi? Salvai essa alma de alimária, Senhor meu Pai!

Pode-se imaginar o resto do exame. Um amigo meu, que por sinal passou, chegou a enfiar, sem sentir, as unhas nas palmas das mãos, quando o mestre sentiu duas dores de barriga seguidas, na sua prova oral. Comigo, a coisa foi um pouco melhor, eu falava um latinzinho e ele me deu seis, nota do mais alto coturno em seu elenco.

O maior público das provas orais era o que já tinha ouvido falar alguma coisa do candidato e vinha vê-lo "dar um show". Eu dei show de português e inglês. O de português até que foi moleza, em certo sentido. O professor José Lima, de pé e tomando um cafezinho, me dirigiu as seguintes palavras aladas: - Dou-lhe dez, se o senhor me disser qual é o sujeito da primeira oração do Hino Nacional!

- As margens plácidas - respondi instantaneamente, e o mestre quase deixa cair a xícara. - Por que não é indeterminado, "ouviram, etc."?- Porque o "as" de "as margens plácidas" não é craseado. Quem ouviu foram as margens plácidas. É uma anástrofe, entre as muitas que existem no hino. "Nem teme quem te adora a própria morte": sujeito: "quem te adora." Se pusermos na ordem direta...- Chega! - berrou ele. - Dez! Vá para a glória! A Bahia será sempre a Bahia!

Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia, e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas.

A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e, depois, se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada.

Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra "for" tanto podia ser do verbo “ser”, quanto do verbo "ir". Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa, e seja o que Deus quiser. - Esse "for" aí, que verbo é esse? Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois, ajeitou as abotoaduras, e me encarou sorridente.

- Verbo for.

- Verbo o quê?

- Verbo for.

- Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.

- Eu fonho, tu fões, ele fõe - recitou ele, impávido. – Nós fomos, vós fondes, eles fõem.

Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando, e hoje há de estar em um posto qualquer do Ministério da Administração, ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar.

Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.
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Esta crônica foi publicada no jornal "O Globo" (e em outros jornais) na edição de domingo, 13 de dezembro de 1998, e integra o livro "O Conselheiro Come", Ed Nova Fronteira - Rio de Janeiro, 2000, pág. 20.
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- Texto da minha coleção de Textos Porretas que passam a fazer parte do meu blog.

- I bibida prus músicus!

O Direito ao “Foda-se!”

- Por Millôr Fernandes ou Pedro Ivo Resende*

O nível de stress de uma pessoa é inversamente proporcional a quantidade de "foda-se!" que ela fala. Existe algo mais libertário do que o conceito do "foda-se!"? O "foda-se!" aumenta minha auto-estima, me torna uma pessoa melhor. Reorganiza as coisas. Me liberta. "Não quer sair comigo? Então foda-se!". "Vai querer decidir essa merda sozinho(a) mesmo? Então foda-se!"

O direito ao "foda-se!" deveria estar assegurado na Constituição Federal. Os palavrões não nasceram por acaso. São recursos extremamente válidos e criativos para prover nosso vocabulário de expressões que traduzem com a maior fidelidade nossos mais fortes e genuínos sentimentos. É o povo fazendo sua língua. Como o Latim Vulgar, será esse Português Vulgar que vingará plenamente um dia.

"Pra caralho", por exemplo. Qual expressão traduz melhor a idéia de muita quantidade do que "pra caralho"? "Pra caralho" tende ao infinito, é quase uma expressão matemática. A Via-Láctea tem estrelas pra caralho, o Sol é quente pra caralho, o universo é antigo pra caralho, eu gosto de cerveja pra caralho, entende?

No gênero do "Pra caralho", mas, no caso, expressando a mais absoluta negação, está o famoso "Nem fodendo!". O "Não, não e não!" e tampouco e o nada eficaz e já sem nenhuma credibilidade "Não, absolutamente não!" o substituem.

O "Nem fodendo!" é irretorquível, e liquida o assunto. Te libera, com a consciência tranqüila, para outras atividades de maior interesse em sua vida. Aquele filho pentelho de 17 anos te atormenta pedindo o carro pra ir surfar no litoral? Não perca tempo nem paciência. Solte logo um definitivo "Marquinhos, presta atenção, filho querido, NEM FODENDO!". O impertinente se manca na hora e vai pro Shopping se encontrar com a turma numa boa e você fecha os olhos e volta a curtir o CD do Lupicínio.

Por sua vez, o "porra nenhuma!" atendeu tão plenamente as situações onde nosso ego exigia não só a definição de uma negação, mas também o justo escárnio contra descarados blefes, que hoje é totalmente impossível imaginar que possamos viver sem ele em nosso cotidiano profissional. Como comentar a gravata daquele chefe idiota senão com um "é PHD porra nenhuma!" ou "ele redigiu aquele relatório sozinho porra nenhuma!". O "porra nenhuma", como vocês podem ver, nos provê sensações de incrível bem estar interior. É como se estivéssemos fazendo a tardia e justa denúncia pública de um canalha. São dessa mesma gênese os clássicos "aspone", "chepone", "repone" e mais recentemente o "prepone" - presidente de porra nenhuma.

Há outros palavrões igualmente clássicos. Pense na sonoridade de um "Puta que pariu!", ou seu correlato "Pu-ta-que-o-pa-riu!!!", falados assim, cadenciadamente, sílaba por sílaba. Diante de uma notícia irritante, qualquer um "puta-que-o-pariu!" dito assim te coloca outra vez em seu eixo. Seus neurônios têm o devido tempo e clima para se reorganizar e sacar a atitude que lhe permitirá dar um merecido troco ou o safar de maiores dores de cabeça.

E o que dizer de nosso famoso "vai tomar no cu!"? E sua maravilhosa e reforçadora derivação "vai tomar no olho do seu cu!". Você já imaginou o bem que alguém faz a si próprio e aos seus quando, passado o limite do suportável, se dirige ao canalha de seu interlocutor e solta: "Chega! Vai tomar no olho do seu cu!". Pronto, você retomou as rédeas de sua vida, sua auto-estima. Desabotoa a camisa e saia à rua, vento batendo na face, olhar firme, cabeça erguida, um delicioso sorriso de vitória e renovado amor-íntimo nos lábios.

E seria tremendamente injusto não registrar aqui a expressão de maior poder de definição do Português Vulgar: "Fodeu!". E sua derivação mais avassaladora ainda: "Fodeu de vez!". Você conhece definição mais exata, pungente e arrasadora para uma situação que atingiu o grau máximo imaginável de ameaçadora complicação? Expressão, inclusive, que uma vez proferida insere seu autor em todo um providencial contexto interior de alerta e auto-defesa. Algo assim como quando você está dirigindo bêbado, sem documentos do carro e sem carteira de habilitação e ouve uma sirene de polícia atrás de você mandando você parar: O que você fala? "Fodeu de vez!".

Liberdade, igualdade, fraternidade e foda-se!

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* Tenho esse texto guardado nos meus arquivos há bastante tempo naquela pasta identificada como Textos Porretas e, tal como fiz com aquela descrição humorística sobre a Merda, ele também foi escolhido para ser publicado aqui com a finalidade de torná-lo - a mim - mais rapidamente acessível no momento que me aprouver, mesmo sabendo que ele é do conhecimento da maioria dos internautas.

Mesmo sabendo da sua disseminação, resolvi realizar uma pesquisa sobre o mesmo e encontrei no site bambuzau, onde o mesmo também está publicado, um comentário deixado lá por alguém chamado Pedro Giglio, cujos termos são: “...o autor do "O Direito ao Foda-Se" não é o Millôr Fernandes. Nem ele, nem o Arnaldo Jabor, nem o Veríssimo (porque já recebi esse mesmo texto creditado a eles)... e sim um cara daqui do Rio chamado Pedro Ivo Resende, que tinha uma coluna chamada "Loser" - publicada no finado E-Fanzine e no Cucaracha Zine - e esse texto fazia parte dos contos dele, que são muito divertidos, diga-se de passagem.”

- Não tendo mais o que acrescentar, peço bibida prus músicus!

Teste de Conhecimentos Gerais

Para ser promovido em determinada repartição pública em Brasília, o funcionário público é obrigado a fazer um exame escrito para provar que está capacitado para tal, num teste cujas questões foram elaboradas a pedido da direção da câmara para submeter seus agregados a exame prévio de conhecimentos gerais, demonstrando que eles têm capacidade para serem promovidos e que essa história de privilégio é pura inveja de quem não consegue arranjar emprego.

Veja se você conseguiria aprovação para ser promovido na câmara:

Teste de Conhecimentos Gerais: (Marque com um “x” na resposta correta, dentro dos parênteses)

1) Um dos presidentes brasileiros foi Castelo __________

( ) Roxo
( ) Preto
( ) Branco
( ) Rosa choque
( ) Amarelo

2) Um líder chinês muito conhecido chamava-se Mao-Tse- __________

( ) Tang
( ) Teng
( ) Ting
( ) Tong
( ) Tung

3) A principal avenida de Belo Horizonte chama-se Afonso __________

( ) Pelo
( ) Pentelho
( ) Penugem
( ) Pena
( ) Cabelo

4) O maior rio do Brasil chama-se Ama __________

( ) boates
( ) zonas
( ) cabarés
( ) dor
( ) ciado

5) Quem descobriu a rota marítima para as Índias foi __________

( ) Volta Redonda
( ) Flamengo
( ) Fluminense
( ) Botafogo
( ) Vasco da Gama

6) A América foi descoberta por Cristóvão Co __________

( ) maminha
( ) picanha
( ) alcatra
( ) lombo
( ) carne do sol

7) Grande Bandeirante foi Borba __________

( ) Lebre
( ) Zebra
( ) Gato
( ) Veado
( ) Vaca

8) Quem escreveu ao Rei de Portugal sobre o descobrimento do Brasil foi Pero Vaz de __________

( ) Anda
( ) Pára
( ) Corre
( ) Dispara
( ) Caminha

9) Um famoso ministro de Portugal foi o Marquês de __________

( ) Galinheiro
( ) Puteiro
( ) Curral
( ) Pombal
( ) Chiqueiro

10) D. Pedro popularizou-se quando __________

( ) eliminou a concorrência
( ) decretou sua falência
( ) saturou a paciência
( ) proclamou a independência
( ) liberou a flatulência

11) Pedro Alvares Cabral __________

( ) inventou o fuzil
( ) urinou no cantil
( ) descobriu o Brasil
( ) foi pra puta que pariu
( ) tropeçou mas não caiu

12) Foi no dia 13 de maio que a Princesa Isabel __________

( ) aumentou a tanajura
( ) botou água na fervura
( ) engoliu a dentadura
( ) segurou a coisa dura
( ) aboliu a escravatura

13) Um grande ator brasileiro é o ator Francisco Cu__________

( ) sujo
( ) de ferro
( ) oco
( ) largo
( ) apertado

14) O autor de Menino do Engenho foi José Lins do __________

( ) Córrego
( ) Valado
( ) Rego
( ) Valeta
( ) Sulcado

15) O mártir da independência foi Tira__________

( ) gosto
( ) cabaço
( ) que está doendo
( ) dentes
( ) e põe de novo

16) D. Pedro I, às margens do Rio Ipiranga, gritou __________

( ) Hortênsia volte!
( ) Grito por esporte!
( ) Como dói, prefiro a morte!
( ) Independência ou morte!
( ) Maria, endureceu! Que sorte!

17) A distancia entre as cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo é de__________

( ) 40 metros
( ) 4 quilômetros
( ) mais ou menos 400 quilômetros
( ) 4.5 milhões de quilômetros
( ) 450 milhões de anos-luz

18) Entre as palavras abaixo, a que está escrita corretamente é__________

( ) Pobrema
( ) Poublema
( ) Ploblema
( ) Ploublema
( ) Problema

19) Uma das artes marciais chinesas mais conhecidas é o Kung-__________

( ) Fá
( ) Fé
( ) Fi
( ) Fó
( ) Fu

20) O atual presidente do Brasil é chamado de__________

( ) Lagosta
( ) Capivara
( ) Lula
( ) Veado
( ) Bacalhau
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- Teste muito interessante que pode revelar, realmente, a capacidade dos submetidos a ele para as tais promoções. Confesso que a mais difícil é a de número 18, aquela do probrema, na qual muita gente se enrosca. A Neide, que me mandou isso por email, também concorda.

- I bibida prus músicus!

Do excesso à falta de...

O que se gasta com o que se come. Clique aqui.

- Grande tarrafada dada na lagoa aí de cima.

- I cumida prus músicus!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Fim das Olimpíadas

Pra não dizer que não registrei nada sobre a participação brasileira nessas Olimpíadas de Pequim:

César Cielo, Maurren Maggi, Vôlei Feminino: lindas medalhas de ouro;

Roberto Scheidt e Bruno Prada, Futebol Feminino, Márcio e Fábio Luiz, Vôlei Masculino: lindas medalhas de prata;

Ketleyn Quadros, Leandro Guilheiro, Isabel Swan e Fernanda, Ricardo e Emanuel, Natalia Falavigna: lindas medalhas de bronze;

Fabiana Muerer: baita sacanagem que fizeram com ela.

Estava a recusar-me a fazer citações sobre a cambada do futebol masculino, mas eu quero mais é que eles enfiem aquela medalha de bronze nos respectivos, bem... Éééé... É melhor não emporcalhar o pouco que rabisquei com muito respeito acima deste parágrafo.

-I bibida prus músicus!

Enquanto isso, acima do Equador...

Na falta do que escrever...

- Barack Obama e John MacCain andam se arranhando mutuamente. Osama Bin Laden só fica ligado neles!

- O Papa Bento XVI anda sumido da mídia. Terá sido abafado pelas Olimpíadas de Pequim?

- I bibida prus músicus!

sábado, 23 de agosto de 2008

Merda: a palavra mais rica da Língua Portuguesa

Merda é a palavra mais rica da Língua Portuguesa e pode ser considerada como um dos seus mais importantes curingas, tal a sua versatilidade de emprego, uso e significado, misturando magia e sonoridade de acordo com a fala, desde que se dê a devida importância em qual tom - como as notas musicais de uma pauta - as suas sílabas sejam pronunciadas, ou tangidas, ou tocadas, como as cordas de um violão.

Senão, vejam os exemplos a seguir:

1) Como indicação geográfica 1: - Onde fica essa MERDA?

2) Como indicação geográfica 2: - Vá a MERDA!

3) Como indicação geográfica 3: - 18:00h - Vou-me embora desta MERDA!

4) Como substantivo qualificativo: - Você é um MERDA!

5) Como auxiliar quantitativo: - Trabalho pra caramba e não ganho MERDA nenhuma!

6) Como indicador de especialização profissional: - Ele só faz MERDA!

7) Como indicativo de MBA: - Ele faz muita MERDA.

8) Como sinônimo de covarde: - Seu MERDA!

9) Como questionamento dirigido: - Fez MERDA, né?

10) Como indicador visual: - Não se enxerga MERDA nenhuma!

11) Como elemento de indicação do caminho a ser percorrido: - Por que você não vai a MERDA?

12) Como especulação de conhecimento e surpresa: - Que MERDA é essa?

13) Como constatação da situação financeira de um indivíduo: - Ele está na MERDA!

14) Como indicador de ressentimento natalino: - Não ganhei MERDA nenhuma de presente!

15) Como indicador de admiração: - Puta MERDA!

16) Como indicador de rejeição: - Puta MERDA!

17) Como indicador de espécie: - O quê que esse MERDA pensa que é?

18) Como indicador de continuidade: - Na mesma MERDA de sempre.

19) Como indicador de desordem: - Tá tudo uma MERDA!

20) Como constatação científica dos resultados da alquimia: - Tudo o que ele toca vira MERDA!

21) Como resultado aplicativo: - Deu MERDA!

22) Como indicador de performance esportiva: - O meu Fruminense não está jogando MERDA nenhuma!

23) Como constatação negativa: - Que MERDA!

24) Como classificação literária: - Êta textinho de MERDA!

25) Como qualificação de governo: O governo do FHC não foi uma grande MERDA, como os petistas vivem a dizer.

26) Como constatação negativa de degustação: - Nunca mais bebo dessa MERDA!

27) Como interrogação profissional: - Ninguém trabalha nesta MERDA?

28) Como indicativo de ocupação: - Para você ter lido até aqui, é sinal que não está fazendo MERDA nenhuma!
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Nota deste rabisqueiro:

Dentro dos meus arquivos tenho uma pasta identificada como Textos Porretas, que reúne um montão organizado de artigos, crônicas, discursos, o escambau, enfim. Muitos são sérios, mas muitos também se referem a coisas gozadas e bizarras que o gênio humano produziu, que chegaram ao meu conhecimento em algum momento da minha vida e que resolvi guardá-los para a posteridade. Entrementementes, agora, proprietário deste brog, resolvi postar tudo nele, o que me facilitará encontrá-los mais rapidamentemente no momento que me aprouver.

Tendo dito isso, bibida prus músicus!

Entrevistas para uma grande empresa

1ª Entrevista - Candidato formado na USP

Diretor: - Qual é a coisa mais rápida do mundo?
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Candidato: - Ora, é um pensamento.

Diretor: - Por que?

Candidato: - Porque um pensamento ocorre quase instantaneamente.
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Diretor: - Muito bem, excelente resposta!
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2ª Entrevista - Candidato formado na PUC

Diretor: - Qual é a coisa mais rápida do mundo?

Candidato : - Um piscar de olhos.

Diretor: - Por que?

Candidato: - Porque e tão rápido que às vezes nem vemos.

Diretor: - Ótimo!
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3ª Entrevista - Candidato formado na UNICAMP

Diretor: - Qual é a coisa mais rápida do mundo?

Candidato: - A eletricidade.

Diretor: - Por que?

Candidato : - Veja, ao ligarmos um interruptor, acendemos uma lâmpada a 5 km de distância instantaneamente.

Diretor: - Excelente!
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4ª Entrevista - Candidato fazendo curso no SENAI do Piauí

Diretor: - Qual é a coisa mais rápida do mundo?

Candidato: - Uma diarréia.

Diretor: - Como assim ? Você está brincando, rapaz? Explique isso direito.

Candidato: - Isso mesmo! Ontem à noite eu tive uma diarréia tão forte, que antes que eu pudesse pensar, piscar os olhos ou acender a luz, já tinha me cagado todo.

Diretor: - O emprego é seu!
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Moral da história:

Fundamento técnico e cálculo não é tudo... Entender de cagadas é o de quê o mercado precisa.

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- Sem sacanagem: não sei de que poço a minha amiga Neide bombeia informações tão instrutivas como essa!

- Deixemos pra lá e peçemos (Eita!) - ou pidamos, tanto faz - bibiiiida prus múúúúsicus!

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Perigo iminente

- Piadinha do site do Cirilo Veloso Moraes - um site nota 10 - que achei legal e resolvi copiar:

Um policial do 190 atendeu ao telefone e foi anotando o pedido de socorro:

- Por favor, mandem alguém urgente, entrou um gato aqui em casa!

- Mas como assim, um gato em casa?

- Um gato! Ele invadiu a minha casa e está caminhando em minha direção.

- Mas como assim? Você quer dizer um ladrão?

- Não! Estou falando de um gato mesmo, desses que fazem miau, caralho.

- Mas o que tem de mais um gato ir na sua direção?

- Ele vai me matar, puta que pariu! E vocês serão os culpados!

- Quem está falando?

- O papagaio, pooooooorra!

- I bibida prus músicus!

A Cebola e a Árvore de Natal

- Bobagita que me foi contada pela amiga Francine e que achei muita da legal.

Uma família feliz está à mesa de jantar quando o filho faz uma pergunta:

- Papai, quantos tipos de seios existem?

O pai, surpreso, responde:

- Bem, meu filho, existem três tipos de seios: aos 20 anos a mulher tem seios como melões: firmes e redondos; dos 30 aos 40 eles são como pêras, ainda belos, porém um pouco caídos; mas, lá pelos 50, ficam como cebolas.

- Cebolas?

- Sim! Quando você olha para eles, fica com vontade de chorar.

Depois dessa resposta, a filha é quem pergunta para a mãe:

- Mamãe, quantos tipos de pênis existem?

A mãe olha para o marido e responde:

- Bem, filhinha, um homem passa por três fases distintas: aos 20 anos o pênis é como um pé de Jacarandá, respeitável e firme; dos 30 aos 40 o pênis é como um pé de Chorão, flexível mas confiável; mas, depois dos 50, o pênis fica como uma árvore de Natal.

- Como assim?

- Isso mesmo! Morto da raiz até a ponta e as bolas ficam penduradas como decoração! E o pior: arma só uma vez por ano.

- I bibida prus músicus!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

A Terra com duas "Luas"?

Marque em sua agenda, pois deverá ser muito interessante!

A Terra terá duas “Luas” no dia 27 de Agosto. O mundo está aguardando, meu Bairro Manejo incluído.

O planeta Marte será mais brilhante do que nunca no céu dessa noite. Mas não será o único! Se você reparar, já a partir de hoje, comprovará que isso está acontecendo, que ele aumenta de tamanho a cada dia, digo, a cada noite que passa. Naquele dia, então, parecerá tão grande quanto a Lua Cheia, com a qual disputará a passarela da fama celestial. O ápice desse fenômeno acontecerá na noite de 27 de agosto quando esse planetinha curioso ficará a apenas 34,65 milhões de milhas da Terra, a menor distância que pode ocorrer entre ele e a nossa Terrinha.

Olhe o céu na noite de 27 de Agosto, à 0:30 am (meia noite e trinta). Parecerá que a Terra tem 2 luas.

A próxima vez que ele ficará tão perto da Terra será em 2287. Partilhe com seus amigos, pois NINGUÉM VIVO HOJE voltará a ver tal fenômeno! Nem quem molê até o dia 27!

E já corre pela Internet uma mensagem avisando de que existe uma pragra bríbrica de que quem não ver tal espetáculo, jamais acertará na mega-sena. Desgraçadamente, também nunca fará nem uma quininha.

Tô avisando, pois quem avisa amigo é! Eu fui avisado pela minha amiga Célia Borges.
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Update em 31.08.2008, antes que me esqueça: Não vi duas luas porra nenhuma. Nem no dia marcado nem no dia anterior nem no dia seguinte. O céu estava nublado. Vá pra puta que pariu, caraio!

-I bibida prus músicus!
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Duas frábrulhas com formigas

Frábrulha com a formiga nº 1

Alguém, certo dia, ao passar por uma estrada de ferro, viu uma formiga, daquelas bem grandonas... Uma formiga saúva, digamos.

Estava sem a bunda e chorava copiosa, inconsolável e desesperadamente.

Então o dito alguém lhe perguntou:

- O que aconteceu dona formiga?

- Eu estava sentada no trilho quando veio um trem e cortou a minha bunda! - Respondeu a formiga.

Então, o alguém lhe deu uma sugestão:

- Volta lá e procura a sua bunda. Quem sabe ela ainda está inteira e você consiga enxertá-la novamente...

A formiga então voltou e começou a andar novamente pelo trilho, quando veio um outro trem e passou por cima da sua cabeça.

Moral da História:

- Nunca perca a cabeça por causa de uma bunda!


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Frábrulha com a formiga nº 2

Certo dia, uma formiga estava atolada na areia movediça, quase morrendo.

O elefante avista a cena e tenta a todo custo salvá-la. Estica uma pata, mas não consegue alcançá-la. Estica a tromba... Nada! Tenta com o rabo... Nada!

Então ele pensou:

- Vou jogar a maior parte do meu corpo: o meu pintão.

Dito e feito!

O elefante endureceu seu pintão e a formiga foi escalando, escalando... E salvou-se, ficando eternamente grata ao elefante.

Muito tempo se passou, a formiga foi para Wall Street, ganhou dinheiro na bolsa, ficou milionária e pensou: - Vou visitar os parentes!

Pegou então sua Cherokee e saiu pilotando por ai.

Eis que avista o elefante na mesma cena em que um dia ela se encontrou: atolado na areia movediça.

Foi lá avidamente salvar seu amigo.

Jogou a patinha e nada de alcançar o elefante.

Jogou a bundinha e nada. Jogou a anteninha e nada. Correu até a sua Cherokee e pegou seu enorme cabo de aço. Jogou-o para o elefante...

Amarrou-o e saiu acelerando, salvando finalmente seu amigo.

Moral da História:

- Quem tem carro importado não precisa ter o pinto grande.


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- Quem me deixou a par dessas duas super-construtivas frábrulhas foi a minha amiga Célia Borges, numa mensagem em pps que o papai aqui desmontou, copiou os textos, mexeu aqui, mexeu ali, saindo o que está aí em cima. Ah! Passei pela minha máquina de moer letras a palavra fábula, muito manjada, que me lembra das fábulas de Esopo, que eram a base do estudo do latim dos meus tempos de ginásio!

- I bibida prus músicus!

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Coisas do meu Manejo - 1

Padaria Luso-BrasileiraÉ a mais antiga padaria do Manejo e foi fundada por um casal de portugueses lá pros idos de 1960, um pouquinho antes ou um pouquinho depois, tendo, em agosto de 1968, passado ao controle de Manoel Albino de Aguiar, que foi meu amigo, já falecido, e que era conhecido pelo apelido de Bengala. Desde então permanece sob a batuta da sua família e está, atualmente, sob a direção de um de seus filhos, o meu amigo Magno.

A mais antiga padaria do Manejo inovou gostosamente neste inverno, desta feita oferecendo a seus clientes caldos quentes com diversos sabores e um pão com lingüiça fora de série, fabricada em Valença/RJ, o que foram dois de vários motivos que conduziram a uma modificação em seu lay-out na área reservada ao atendimento da freguesia que ali realiza seus lanches.

Instalaram mesinhas e cadeiras, tanto para oferecer maior conforto à sua clientela como para expandir essa área, o que se tornou inevitável em virtude de um aumento claramente visível do número de pessoas que atualmente cruzam pelo nosso bairro, algumas das quais não perdem a oportunidade de fazer aquele lanchinho gostoso fora de casa.

Faça uma visita a ela e leve a sua família! Vocês ficarão surpreendidos com tudo o que ela lhes oferecerá, com o atendimento sempre simpático de todos os seus atendentes. Na saída, aproveite e leve uns pãezinhos, dos melhores fabricados em Resende.

É, meu! Meu Manejo tem coisas que não ficam a dever nadinha a qualquer outro bairro da cidade!

Balcão de pães, frios e outras guloseimas afins Movimento típico de uma manhã Passando pelo Manejo, não deixe de entrar na Padaria Luso-Brasileira, que se localiza no nº 154 da Av. Cel Mendes.

A visão interessante de Warren Buffet

Um homem incrível, bilionário, generosíssimo e de vida muito simples!

Houve uma entrevista de uma hora, na CNBC, com Warren Buffet, um dos homens mais ricos do mundo que, recentemente, fez uma doação de 31 bilhões de dólares para a caridade. A seguir, alguns aspectos interessantes de sua vida.

1. Comprou a sua primeira ação aos 11 anos e hoje lamenta tê-lo feito tardiamente! As coisas eram baratas naquele tempo...

-Incentive seus filhos a investirem.

2. Comprou uma pequena fazenda aos 14 anos, com as economias oriundas da entrega de jornais. Pode-se comprar muitas coisas com pequenas economias.

- Incentive seus filhos a iniciarem algum tipo de negócio.

3. Ainda vive na mesma casa, modesta, de 3 quartos , no Distrito de Omaha, a qual comprou após se casar, 50 anos atrás. Diz ele que tem tudo o que precisa naquela casa que não possui muros nem cercas.

- Não compre mais do que você “realmente precisa” e incentive seus filhos a fazerem e pensarem o mesmo.

4. Dirige seu próprio carro para todo lugar e não tem motorista particular nem equipe de segurança à sua volta.

- Você é o que é...

5. Nunca viaja em jato particular, embora seja proprietário da maior companhia aérea privada do mundo.

- Pense sempre num jeito de realizar as coisas de maneira econômica.

6. Sua empresa, Berkshire Hathaway, possui 63 companhias. Escreve apenas uma carta anual aos principais executivos dessas companhias, dando-lhe as metas para o ano. Nunca promove encontros nem os convoca habitualmente.

- Nomeie as pessoas certas para as missões certas.

7. Transmitiu aos seus executivos somente duas regras:

Regra nº 1: não perca nenhum centavo do dinheiro de seu acionista.

Regra nº 2: não se esqueça da regra nº 1.

- Estabeleça metas e certifique-se de que as pessoas nelas se concentrem.

8. Não costuma freqüentar a alta-sociedade. Seu passatempo, após chegar em casa, é fazer ele mesmo um pouco de pipoca e assistir a televisão.

- Não tente se mostrar, simplesmente seja você mesmo e faça aquilo que gosta de fazer.

9. Warren Buffet não usa telefone celular nem tem computador sobre sua mesa.

10. Bill Gates, o homem mais rico do mundo, encontrou-se com ele, da primeira vez, cinco anos atrás. Bill Gates achava que nada tinha em comum com Warren Buffet. Portanto, programara seu encontro por apenas meia hora. No entanto, quando Gates o encontrou, este encontro perdurou por dez horas e hoje em dia Bill Gates o considera seu guru.

Seus conselhos aos jovens:

Fique longe de cartões de crédito e de empréstimos bancários, invista o seu dinheiro em você mesmo e lembre-se:

A. O dinheiro não cria o homem, mas é o homem quem criou o dinheiro.

B. Viva a sua vida da maneira mais simples possível.

C. Não faça o que os outros dizem: ouça-os, mas faça aquilo que você se sente bem ao fazer.

D. Não se apegue às grifes famosas: use apenas aquelas coisas em que você se sinta confortável.

E. Não desperdice o seu dinheiro em coisas desnecessárias; ao invés disso, gaste nas coisas que realmente precisa.

F. Afinal de contas, a vida é sua! Então, por que permitir que os outros estabeleçam leis em sua vida?

As pessoas MAIS FELIZES NÃO TÊM, necessariamente, as “MELHORES” COISAS. Elas simplesmente APRECIAM aquilo que têm.

Vamos escolher um jeito mais simples e inteligente de viver... Combinados?

~.~.~.~.~.~.~.~.~.~.

O texto acima consta de um email enviado pela Delza de Andrade, moradora em Lorena/SP, amiga da minha esposa Luísa Maria, da qual sou secretário nas minhas raras horas vagas. Ao tomar conhecimento dele, do texto, fiquei imensamente admirado com a personalidade de Warren Buffet. Resolvi postar e o faço com muito prazer!

Vasculhei a Internet e, lá no Google, encontrei à minha disposição quase 500 páginas sobre entrevistas dele, entre as quais comprovei a existência da que estou postando aqui.

Sendo o que me cabia, bibida prus músicus!

sábado, 2 de agosto de 2008

Tripé?

Olha só a confusão que o mal entendimento de uma determinada diretriz ou a falta de um diálogo esclarecedor podem levar a uma conclusão precipitada e o que isso pode causar.

Em um determinado país foi criado um programa de incentivo à natalidade, pois o número de habitantes estava caindo e a proporção de idosos crescia assustadoramente.

Necessitando de mão-de-obra, o governo decretou uma lei que obrigava os casais a terem um certo número de filhos. Previa também uma tolerância de cinco anos após o casamento, no fim dos quais o casal deveria ter pelo menos um pimpolho.

Aos casais que no fim do prazo não conseguissem ter um filho, o governo destacaria um agente auxiliar para que a criança fosse gerada.

Neste cenário se deu o seguinte diálogo entre um casal:

MULHER: - Querido, completamos hoje 5 anos de casamento.

MARIDO: - É, querida, e infelizmente não tivemos um filho sequer.

MULHER: - Será que eles vão mandar o tal agente?

MARIDO: - Não sei! Talvez mandem.

MULHER: - E se ele vier?

MARIDO: - Bem, eu não posso fazer nada.

MULHER: - E eu, menos ainda.

MARIDO: - Vou sair, já estou atrasado para o trabalho.

Logo após a saída do MARIDO, bateram à porta: TOC, TOC, TOC! A MULHER abriu e encontrou um HOMEM de boa aparência à espera.

(Tratava-se de um fotógrafo que saiu para atender um chamado de uma família que queria fotografar sua criança recém-nascida, mas que por um engano, errara o endereço procurado.)

E o seguinte diálogo se seguiu:

HOMEM: - Bom dia! Eu sou...

MULHER: - Ah, já sei! Pode entrar.

HOMEM: - Obrigado! Seu esposo está em casa?

MULHER: - Não! Ele foi trabalhar.

HOMEM: - Presumo que esteja a par da minha vinda aqui, que é para...

MULHER: - Sim! - Responde a mulher, interrompendo-o. - O meu marido também já está sabendo de tudo. E, eu concordo.

HOMEM: - Ótimo. Então vamos começar.

MULHER: - Mas já? Tão rápido!

HOMEM: - Preciso ser breve, pois ainda tenho 16 casas para visitar hoje.

MULHER: - Minha nossa! O senhor agüenta?

HOMEM: - O segredo é que eu gosto do meu trabalho, me dá muito prazer!

MULHER: - Então vamos começar. Como faremos e onde você prefere?

HOMEM: - Permita-me sugerir: uma no quarto, duas no tapete, duas no sofá e uma... Que tal ali, em pé, ao lado da mesinha do telefone.

MULHER: - Serão necessárias tantas?

HOMEM: - Bem, talvez possamos acertar na mosca já na primeira tentativa.

MULHER: - O senhor já visitou alguma casa neste bairro?

HOMEM: - Não, mas tenho comigo uma variedade de amostras do meu trabalho e... (E mostrou algumas fotos de crianças). - Não são lindas?

MULHER: - Como são belos estes bebês! Foi o senhor mesmo quem fez?

HOMEM: - Sim! Veja esta aqui, por exemplo, foi conseguida na porta do supermercado.

MULHER: - Que horror! O senhor não acha muito público?

HOMEM: - Sim, mas a mãe queria muita publicidade.

MULHER: - Eu não teria coragem!

HOMEM: - Esta aqui foi em cima do ônibus.

MULHER: - Cacilda!

HOMEM: - Foi um dos serviços mais difíceis que já fiz.

MULHER: - Claro, eu imagino!

HOMEM: - Esta foi feita no inverno, em um parque de diversões.

MULHER: - Credo! Como o senhor conseguiu? Não sentiu frio?

HOMEM: - Não foi fácil! Como se não bastasse a neve caindo, tinha uma multidão em volta. Quase não consegui acabar.

MULHER: - Ainda bem que sou discreta e não quero ninguém nos olhando.

HOMEM: - Ótimo! Eu também prefiro assim. Agora, se me der licença, eu preciso armar o tripé.

MULHER: - Tripé?

HOMEM: - Sim, Madame! Pois o negócio, além de pesado, depois de armado mede quase um metro.

A mulher desmaiou.
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- Quem contou essa foi a minha amiga Neide Borges.

- I bibida prus músicus!

Comendo capim

No Curso de Medicina, o professor se dirige a um aluno e lhe pergunta:

- Quantos rins nós temos?

- Quatro! - Responde o aluno.

- Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.

- Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala. - Ordena o professor a seu auxiliar.

- E para mim um cafezinho! - Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.

O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o "Barão de Itararé".

Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:

- O senhor me perguntou quantos rins "nós temos". "Nós" temos quatro: dois meus e dois seus. "Nós" é uma expressão usada para o plural. Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.

A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento! Às vezes, certas pessoas, por terem um pouco mais de conhecimento ou acreditarem que o tem, se acham no direito de subestimar os outros.

E haja capim!

- Essa quem me contou foi meu filho Gu.

- I bibida prus músicus!

Os forrozões dos sábados, nas noites de Agosto no Celeiro

Venha curtir em todos os sábados de agosto no Celeiro, no Manejo, das 23:00 à 04:00 hs da madrugada, toda a empolgação de bandas que fazem o maior auê na região, no Sul de Minas e no Vale do Paraíba, em espetaculares forrozões, com os sons de músicas românticas e caipiras para todos os gostos.

E lá no Celeiro, nos intervalos dos arrasta-pés, ninguém consegue ficar parado no salão, pois o som eletrônico do DJ Brown Jr não deixa que a empolgação seja interrompida.

Anote em sua agenda toda a programação para o mês de Agosto:

02 de Agosto: Jô & Samuel

09 de Agosto: Rasga o Fóle

16 de Agosto: Os Milionários

23 de Agosto: Forró G3

30 de Agosto: Jô & Samuel

Reúna-se com os seus amigos e amigas e curtam juntos os embalos dos sábados à noite do Celeiro!

- I purque vortei pra área, bibida prus músicus!

Atenção, atenção Senhores Ouvintes!

Essa introdução a alguma notícia pelo rádio é bastante comum entre radialistas e prende a atenção de muitos ouvintes que permanecem fiéis a esse meio de comunicação, por gosto mesmo ou por falta de outra opção, como a televisão. Atrever-me-ia até a manter uma discussão embolada sobre tal conceito, afirmando que se trata de um refrão de uso generalizado por todos os profissionais do ramo, de todo o mundo, indubitavelmente, Resende incluída (Eita, ferro!), cada um na sua língua ou, como diria algum compositor de samba, cadaqualmente na sua.

Acredito que seja muito difícil deixar de encontrar um aparelho de rádio, de qualquer tipo, marca ou modelo, na maioria das cozinhas domésticas, apenas para citar um exemplo de onde os mesmos podem estar localizados, não podendo me abster de citar automóveis, ônibus e caminhões. E carretas tombém.

Lembro-me perfeitamente, como se fosse agora, quando estou com a mente mais clara pela ausência do torpor que certa bebida - cuja garrafa de litro ostenta uma capelinha no seu rótulo e que é fabricada na nossa terra - me proporciona, do período em que morei e trabalhei em São Paulo, de 1976 a 1996, quando, por obrigações de serviço, tinha de me deslocar constantemente de automóvel, dirigindo pra tudo quanto era lado, inté mesmo para o interior do estado, inté mesmo para outros estados.

Nessas deslocações, estava sempre com o radinho do meu carro ligado em alguma emissora local e, no caso de São Paulo, a minha preferência recaía na Rádio Jovem Pan que, dentro da sua programação, incluía constantemente informações sobre o tráfego nas principais vias e avenidas da cidade e circunvizinhanças, o que muitas vezes foi de grande valia para mim. Recordo-me em particular de um programa dessa rádio chamado Show da Manhã que, entre seus locutores, contava com o pai do Emerson Fittipaldi, o Wilson Fittilpaldi, também chamado de O Barão, que catalizava diariamente toda a minha audiência quando tomava o rumo da minha casa em direção ao escritório da sede da empresa onde labutava, num deslocamento que me fazia cruzar São Paulo de leste a oeste e que representava, e continua representando, obviamente, um percurso de 47 km. (Mas que coisa, Norival!)

Essa conversa e essa lembrança me vieram à tona ontem, como que me obrigando a rasgar um véu de agradáveis recordações, porque, antes da hora do almoço, estando responsável pela cozinhação (Eu ia escrever cuzinhação, porém, podia pegar mal. Nada como ser comedido com as palavras. Eita, eu!) do mexido para o almoço em minha casa, radinho ligado, iniciou-se uma entrevista com o deputado Estadual Noel de Carvalho, ao vivo, que se encontrava em visita à nossa cidade. O dono do programa, digamos, o radialista-mor, muito esperto, conseguiu agarrá-lo e levá-lo até o seu estúdio (É isso mesmo? Estúdio?), ali permanecendo com ele por uma hora inteirinha, das 11:00 às 12:00 horas, perguntando, enfiando o dedo em feridas administrativas da nossa região, e ouvindo respostas para os curativos não apenas àquelas pertinentes ao nosso pedaço de chão, mas abrangendo, de forma clara e minuciosa, toda a atenção do Governo Estadual - do qual ele faz parte como Secretário da Habitação desde 22.11.2006 - todo o Estado do Rio de Janeiro. E discorreu ainda sobre outros pontos de interesse da nossa cidade, não afetos diretamente à sua secretaria, mas que, devido à sua influência nos altos escalões políticos, estaduais e federais, lhe permite, por solicitação de seus pares, obter benefícios para comunidades, para cidades e para outras paradas e que não lhe seriam facultadas se não fosse a sua vasta experiência política, tanto como administrador como legislador.

E toda a entrevista foi recheada de informações de cunho histórico para o nosso município – Atrevo-me a afirmar isso com total segurança! - que, não estivesse eu ouvindo-o, jamais tomaria conhecimento delas pois, para mim, eram fatos completamente desconhecidos, como desconhecidos devem permanecer para a grande maioria dos nossos munícipes:

- como o porquê que o terreno onde se localizam as instalações da fábrica de chassis e caminhões da Volkswagen, que deveriam fazer parte do município de Porto Real, que se emancipava do nosso município, deixou de sê-lo para fazer parte do nosso quintal;

- como Resende conseguiu que a Cia. Estadual de Gás, a CEG, colocasse o seu gás à disposição de nossas residências e indústrias;

- como conseguimos o trânsito por aqui da fibra ótica, cujo projeto original terminava em Porto Real.

Tombém notícias recentes, taisquaismentes:

- como andam os serviços de terraplenagem para os acessos da ponte do Acesso Oeste (- Sabia que faltam apenas 50 cm para o aterro de ambos os lados da ponte se nivelarem com o piso da mesma?);

- como a construção de mais de duas mil casas populares no município;

- e muitas outras e variadas notícias de e sobre o nosso município, envolvendo forças do executivo local e do Governo Estadual.

Por toda a sua entrevista, Noel de Carvalho colocou os ouvintes da emissora de rádio a par do quê está acontecendo e o quê acontecerá a curto e médio prazos e que beneficiará a todos os que forem atingidos pelas boas novas anunciadas.

- A emissora?

- A Rádio Resende, AM, 1580 kH!

- O programa?

- O Poder da Comunicação, que vai ao ar de segunda a sexta, das 09:00 às 12:00 horas!

- O radialista?

- Vinicius Lima, do qual infelizmente não possuo uma retratin pra pregá-lo aqui no meu blog e que se mostrou bastante senhor da situação em que se colocou e cujo entrevistado, pelo seu próprio modo de ser, pela sua experiência e seu conhecimento, tornou a entrevista tal como uma agradável conversa, como a que ocorre entre amigos, num ambiente quase coloquial, algo assim como um bate-papo de antigos conhecidos, transformando-a inteiramente num belo exemplo de esclarecimento público.

Parabéns ao Noel de Carvalho! E que apareça mais freqüentemente nos veículos de informação radiofônicos da nossa cidade.

Parabéns ao Vinicius Lima! Pela maneira como conduziu (Ou foi conduzido?) o encontro com uma pessoa tão carismática, como assim o é o Noel de Carvalho, um dos mais importantes políticos do nosso município.

Ah! Aquele cozido do meu almoço?

- Era um simples Spaghetti Bolognese al quattro formaggi!

- I bibida prus músicus!

sexta-feira, 1 de agosto de 2008

Formatura na Estácio de Sá

Aconteceu no último dia 25 de julho, no teatro da Academia Militar das Agulhas Negras – AMAN, a solenidade oficial de colação de grau dos formandos da Universidade Estácio de Sá, pelo seu Campus de Resende, referente ao 1º semestre de 2008.

Tendo todas as instalações desse campus localizadas no meu Bairro Manejo, a Estácio de Sá, como simplesmente a chamamos, desta feita diplomou 141 formandos, distribuídos pelas áreas de Administração, Direito, Fisioterapia, Informática, Psicologia, Gestão de Recursos Humanos, Logística Empresarial e Redes de Computadores.

Foi verdadeiramente uma grande festa onde a alegria dos formandos se misturou com a dos seus pais e parentes, e com a de seus professores, e com a dos diretores da Universidade e, enfim, com a de todos os presentes.

E, entre tantos, lá estávamos, eu e minha família, completa, rejubilando-nos especialmente pela formatura de um deles, o Gustavo, nosso filho, que agarrou o seu canudo na área de Logística Empresarial, que inclui também estudos de Gestão Empresarial.

Tendo-o acompanhando ao longo de quatro anos, sabemos, eu e minha mulher, Luísa Maria, dos sacrifícios a que ele se submeteu - e a quem a sua família também foi submissa - para tornar realidade essa sua vocação, dispensando horas de lazer para coordenar estudos noturnos, que vararam madrugadas inumeráveis, com as suas obrigações trabalhistas. Ele, que já trabalha na área, dentro do complexo industrial da fábrica de caminhões da Volkswagen, aqui mesmo em Resende.

À mesma submissão de nosso filho e da sua família terá valido, seguramente, para todos os outros 140 formandos e de seus entes queridos que na noite de formatura viram seus esforços coroados pela chegada à reta final. A festa que todos fizemos pelos nossos filhos terá sido uma dos eventos mais marcantes de nossas vidas, uma parte do nosso orgulho que não conseguiu se esconder e que foi mostrado em toda a sua simplicidade em meio à nossa alegria, estampada em abraços, risos e lágrimas que a gostosa e imensa emoção de determinados momentos da festa nos proporcionaram e que não conseguimos conter.

Cada um dos 141 formandos completou uma parte importantíssima da sua formação profissional, mas o meu filho nos afirmou que não parará por aí: seu projeto incorpora a aquisição de mais conhecimentos, o que demandará mais estudos, a permanência da sua força da abnegação, já testada, e aprovada, e novos sacrifícios. Ele o conseguirá, temos absoluta convicção disso! E os outros 140 colegas seus devem, seguramente, ter a mesma meta e eles também conseguirão atingi-la. Basta quererem!

Parabéns, Gustavo, nosso querido filho! Parabéns formandos!

- I bibida prus músicus!