Essa introdução a alguma notícia pelo rádio é bastante comum entre radialistas e prende a atenção de muitos ouvintes que permanecem fiéis a esse meio de comunicação, por gosto mesmo ou por falta de outra opção, como a televisão. Atrever-me-ia até a manter uma discussão embolada sobre tal conceito, afirmando que se trata de um refrão de uso generalizado por todos os profissionais do ramo, de todo o mundo, indubitavelmente, Resende incluída (Eita, ferro!), cada um na sua língua ou, como diria algum compositor de samba, cadaqualmente na sua.
Acredito que seja muito difícil deixar de encontrar um aparelho de rádio, de qualquer tipo, marca ou modelo, na maioria das cozinhas domésticas, apenas para citar um exemplo de onde os mesmos podem estar localizados, não podendo me abster de citar automóveis, ônibus e caminhões. E carretas tombém.
Lembro-me perfeitamente, como se fosse agora, quando estou com a mente mais clara pela ausência do torpor que certa bebida - cuja garrafa de litro ostenta uma capelinha no seu rótulo e que é fabricada na nossa terra - me proporciona, do período em que morei e trabalhei em São Paulo, de 1976 a 1996, quando, por obrigações de serviço, tinha de me deslocar constantemente de automóvel, dirigindo pra tudo quanto era lado, inté mesmo para o interior do estado, inté mesmo para outros estados.
Nessas deslocações, estava sempre com o radinho do meu carro ligado em alguma emissora local e, no caso de São Paulo, a minha preferência recaía na Rádio Jovem Pan que, dentro da sua programação, incluía constantemente informações sobre o tráfego nas principais vias e avenidas da cidade e circunvizinhanças, o que muitas vezes foi de grande valia para mim. Recordo-me em particular de um programa dessa rádio chamado Show da Manhã que, entre seus locutores, contava com o pai do Emerson Fittipaldi, o Wilson Fittilpaldi, também chamado de O Barão, que catalizava diariamente toda a minha audiência quando tomava o rumo da minha casa em direção ao escritório da sede da empresa onde labutava, num deslocamento que me fazia cruzar São Paulo de leste a oeste e que representava, e continua representando, obviamente, um percurso de 47 km. (Mas que coisa, Norival!)
Essa conversa e essa lembrança me vieram à tona ontem, como que me obrigando a rasgar um véu de agradáveis recordações, porque, antes da hora do almoço, estando responsável pela cozinhação (Eu ia escrever cuzinhação, porém, podia pegar mal. Nada como ser comedido com as palavras. Eita, eu!) do mexido para o almoço em minha casa, radinho ligado, iniciou-se uma entrevista com o deputado Estadual Noel de Carvalho, ao vivo, que se encontrava em visita à nossa cidade. O dono do programa, digamos, o radialista-mor, muito esperto, conseguiu agarrá-lo e levá-lo até o seu estúdio (É isso mesmo? Estúdio?), ali permanecendo com ele por uma hora inteirinha, das 11:00 às 12:00 horas, perguntando, enfiando o dedo em feridas administrativas da nossa região, e ouvindo respostas para os curativos não apenas àquelas pertinentes ao nosso pedaço de chão, mas abrangendo, de forma clara e minuciosa, toda a atenção do Governo Estadual - do qual ele faz parte como Secretário da Habitação desde 22.11.2006 - todo o Estado do Rio de Janeiro. E discorreu ainda sobre outros pontos de interesse da nossa cidade, não afetos diretamente à sua secretaria, mas que, devido à sua influência nos altos escalões políticos, estaduais e federais, lhe permite, por solicitação de seus pares, obter benefícios para comunidades, para cidades e para outras paradas e que não lhe seriam facultadas se não fosse a sua vasta experiência política, tanto como administrador como legislador.
E toda a entrevista foi recheada de informações de cunho histórico para o nosso município – Atrevo-me a afirmar isso com total segurança! - que, não estivesse eu ouvindo-o, jamais tomaria conhecimento delas pois, para mim, eram fatos completamente desconhecidos, como desconhecidos devem permanecer para a grande maioria dos nossos munícipes:
- como o porquê que o terreno onde se localizam as instalações da fábrica de chassis e caminhões da Volkswagen, que deveriam fazer parte do município de Porto Real, que se emancipava do nosso município, deixou de sê-lo para fazer parte do nosso quintal;
- como Resende conseguiu que a Cia. Estadual de Gás, a CEG, colocasse o seu gás à disposição de nossas residências e indústrias;
- como conseguimos o trânsito por aqui da fibra ótica, cujo projeto original terminava em Porto Real.
Tombém notícias recentes, taisquaismentes:
- como andam os serviços de terraplenagem para os acessos da ponte do Acesso Oeste (- Sabia que faltam apenas 50 cm para o aterro de ambos os lados da ponte se nivelarem com o piso da mesma?);
- como a construção de mais de duas mil casas populares no município;
- e muitas outras e variadas notícias de e sobre o nosso município, envolvendo forças do executivo local e do Governo Estadual.
Por toda a sua entrevista, Noel de Carvalho colocou os ouvintes da emissora de rádio a par do quê está acontecendo e o quê acontecerá a curto e médio prazos e que beneficiará a todos os que forem atingidos pelas boas novas anunciadas.
- A emissora?
- A Rádio Resende, AM, 1580 kH!
- O programa?
- O Poder da Comunicação, que vai ao ar de segunda a sexta, das 09:00 às 12:00 horas!
- O radialista?
- Vinicius Lima, do qual infelizmente não possuo uma retratin pra pregá-lo aqui no meu blog e que se mostrou bastante senhor da situação em que se colocou e cujo entrevistado, pelo seu próprio modo de ser, pela sua experiência e seu conhecimento, tornou a entrevista tal como uma agradável conversa, como a que ocorre entre amigos, num ambiente quase coloquial, algo assim como um bate-papo de antigos conhecidos, transformando-a inteiramente num belo exemplo de esclarecimento público.
Parabéns ao Noel de Carvalho! E que apareça mais freqüentemente nos veículos de informação radiofônicos da nossa cidade.
Parabéns ao Vinicius Lima! Pela maneira como conduziu (Ou foi conduzido?) o encontro com uma pessoa tão carismática, como assim o é o Noel de Carvalho, um dos mais importantes políticos do nosso município.
Ah! Aquele cozido do meu almoço?
- Era um simples Spaghetti Bolognese al quattro formaggi!
- I bibida prus músicus!
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