sábado, 22 de março de 2008

Julgamento do Sr. Manoel

Seu Manuel pensou melhor e decidiu que os ferimentos que sofreu num acidente de trânsito eram sérios o suficiente para levar o dono do outro carro ao tribunal. No tribunal, o advogado do réu começou a inquirir seu Manuel:

- O Senhor não disse na hora do acidente: "Estou muito bem!"?

E Manuel responde:

- Bem, vou lhe contar o que aconteceu. Eu tinha acabado de colocar minha mula favorita na caminhonete...

- Eu não pedi detalhes! - Interrompeu o advogado. - Só responda à pergunta: O Senhor não disse na cena do acidente: "Estou muito bem!"?

- Bem, eu coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia...

O advogado interrompe novamente e diz:

- Meritíssimo, estou tentando estabelecer os fatos aqui. Na cena do acidente este homem disse ao patrulheiro rodoviário que estava bem. Agora, várias semanas após o acidente ele está tentando processar meu cliente, e isso é uma fraude. Por favor, poderia dizer a ele que simplesmente responda à pergunta?

Mas, a essa altura, o Juiz estava muito interessado na resposta de seu Manuel e disse ao advogado:

- Eu gostaria de ouvir o que ele tem a dizer.

Seu Manuel agradeceu ao Juiz e prosseguiu:

- Como eu estava dizendo, coloquei a mula na caminhonete e estava descendo a rodovia quando uma pick-up atravessou o sinal vermelho e bateu na minha caminhonete bem na lateral. Eu fui lançado fora do carro para um lado da rodovia e a mula foi lançada pro outro lado. Eu estava muito ferido e não podia me mover. De qualquer forma, eu podia ouvir a mula zurrando e grunhindo e, pelo barulho, eu pude perceber que o estado dela era muito grave. Logo após o acidente, o patrulheiro rodoviário chegou ao local. Ele ouviu a mula gritando e zurrando e foi até onde ela estava. Depois de dar uma olhada nela, ele pegou a arma e atirou bem entre os olhos do animal. Então, o policial atravessou a estrada com sua arma na mão, olhou para mim e disse: "- Sua mula estava muito mal e eu tive que atirar nela! E o senhor? Como está se sentindo?"

- O que o Sr. falaria no meu lugar, Meritíssimo?

- Fonte: Email do meu amigo César Augusto

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