Como se não bastasse o péssimo hábito de fumar, nós, fumantes, ainda temos de saber onde comprar os nossos cigarros, sob o risco de comprar produtos falsificados, feitos com matérias primas das mais duvidosas procedências, aumentando significativamente os prejuízos para a nossa saúde e daqueles que não fumam mas que estão numa proximidade de 50 metros em relação a nós.
Os produtos falsificados são perfeitos nas suas indumentárias: no cigarro em si, com o filtro e o tubo de papel, e nas embalagens do maço e do pacote. É perda de tempo procurar por sinais nas embalagens que denunciem a sua irregularidade. O belzebu está nos fumos de que são feitos.
São inexistentes nesses excrementos vendidos como cigarros o aroma, o sabor residual e aquele bouquet revelador de retrogostos persistentes, porém sutis, que enevoam as papilas junto com os pensamentos de lembranças agradáveis.
A gente pode puxar a fumaça de forma diferente, mais comprimida, mais vagarosamente, mas não adianta! Não são usados fumos jovens, mais frescos, que dão suavidade e nos brindam no frescor das tragadas. São, ao contrário dos verdadeiros, encorpados com capim e bosta de boi, que também não deixa de ser capim, permanecendo longe de se igualarem a um cigarro feito com um fumo brut, curto e duro, ou, então, com um fumo duro e macio, como o que eu fumo e que, tal como vinho de nobre qualidade, é aveludado e escorregadio.
Até recentemente esses cigarros falsificados eram distribuídos meio na surdina e eram vendidos por preços inferiores aos daqueles aos quais imitavam, sendo adquiridos por pessoas de renda mais apertada e conquistando, certamente, um grande mercado.
Agora, não! Distribuem-no à luz do dia, de forma escancarada e acintosa, e muitos proprietários de bares (principalmente) que se mantiveram até então longe dessa falcatrua, abandonaram a fidelidade de e a seus fregueses e aderiram a ela – Costume desconhecido dos hábitos dos brasileiros! - de forma enganosa, camuflada, fajuta e traiçoeira, passando a nos empurrar goela, ops!, traquéia abaixo essas porcarias.
Então, amigos fumantes, sejam mais espertos, por que já somos suficientes tolos fumando. De minha parte, já faz algum tempo que só compro cigarros em pacotes, em padarias tradicionais. São 3 ou 4 pacotes em cada compra. Do Hollywod. Do azul. Aquele que dá câncer só do tipo F no pulmão, derruba os dentes, causa trombose e posterior amputação das pernas (Começa com uma, que a gente quebra o galho com uma muleta!), entretanto não causa impotência sequiçual.
E, como diz o Millôr Fernandes, "before some day the cow goes to the swamp".
I bibida prus músicus!
Post scriptum: Esta crônica foi matéria de uma postagem em 21.05.2007 no meu 1º blog O pa qui, ó... e continua lá!
Dias atrás, descobri a maneira de identificar facilmente esses desgraçados de cigarros falsos: não precisa nem tirar a película transparente (papel celofane) do maço de cigarros.
Basta dar uma raspadinha com a unha no selo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que deve apresentar uma leve aspereza, conseqüência do tratamento de segurança que o papel do selo sofre. Se for assim, pode comprar: trata-se de material genuíno. Se for liso, que nem bunda de criança, não compre: você estará segurando um maço de cigarros falsos.
Os produtos falsificados são perfeitos nas suas indumentárias: no cigarro em si, com o filtro e o tubo de papel, e nas embalagens do maço e do pacote. É perda de tempo procurar por sinais nas embalagens que denunciem a sua irregularidade. O belzebu está nos fumos de que são feitos.
São inexistentes nesses excrementos vendidos como cigarros o aroma, o sabor residual e aquele bouquet revelador de retrogostos persistentes, porém sutis, que enevoam as papilas junto com os pensamentos de lembranças agradáveis.
A gente pode puxar a fumaça de forma diferente, mais comprimida, mais vagarosamente, mas não adianta! Não são usados fumos jovens, mais frescos, que dão suavidade e nos brindam no frescor das tragadas. São, ao contrário dos verdadeiros, encorpados com capim e bosta de boi, que também não deixa de ser capim, permanecendo longe de se igualarem a um cigarro feito com um fumo brut, curto e duro, ou, então, com um fumo duro e macio, como o que eu fumo e que, tal como vinho de nobre qualidade, é aveludado e escorregadio.
Até recentemente esses cigarros falsificados eram distribuídos meio na surdina e eram vendidos por preços inferiores aos daqueles aos quais imitavam, sendo adquiridos por pessoas de renda mais apertada e conquistando, certamente, um grande mercado.
Agora, não! Distribuem-no à luz do dia, de forma escancarada e acintosa, e muitos proprietários de bares (principalmente) que se mantiveram até então longe dessa falcatrua, abandonaram a fidelidade de e a seus fregueses e aderiram a ela – Costume desconhecido dos hábitos dos brasileiros! - de forma enganosa, camuflada, fajuta e traiçoeira, passando a nos empurrar goela, ops!, traquéia abaixo essas porcarias.
Então, amigos fumantes, sejam mais espertos, por que já somos suficientes tolos fumando. De minha parte, já faz algum tempo que só compro cigarros em pacotes, em padarias tradicionais. São 3 ou 4 pacotes em cada compra. Do Hollywod. Do azul. Aquele que dá câncer só do tipo F no pulmão, derruba os dentes, causa trombose e posterior amputação das pernas (Começa com uma, que a gente quebra o galho com uma muleta!), entretanto não causa impotência sequiçual.
E, como diz o Millôr Fernandes, "before some day the cow goes to the swamp".
I bibida prus músicus!
Post scriptum: Esta crônica foi matéria de uma postagem em 21.05.2007 no meu 1º blog O pa qui, ó... e continua lá!
Dias atrás, descobri a maneira de identificar facilmente esses desgraçados de cigarros falsos: não precisa nem tirar a película transparente (papel celofane) do maço de cigarros.
Basta dar uma raspadinha com a unha no selo do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), que deve apresentar uma leve aspereza, conseqüência do tratamento de segurança que o papel do selo sofre. Se for assim, pode comprar: trata-se de material genuíno. Se for liso, que nem bunda de criança, não compre: você estará segurando um maço de cigarros falsos.
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