Terminei de ler o livro “Capão, outras histórias”, escrito pelo meu amigo Valter Ferraz e editado pela Câmara Brasileira de Jovens Escritores. Sua leitura é daquele tipo que quando você começa, não quer mais parar, tal a dinâmica de seus personagens e as mudanças de cenário que se sucedem, numa velocidade mais rápida do que quando se cai e se rola escada abaixo. Como o papai aqui detesta subir ou descer por escadas, subi e desci sempre segurando o corrimão, contentando-me em ler devagar, sem cair na armadilha preparada pelo escritor de fazer com que a gente leia o livro de uma tacada só.
Ambientado principalmente no Bairro do Capão Redondo, situado na zona sul do Município de São Paulo, onde o Valter viveu boa parte da sua vida, o livro relata a trajetória de diversos personagens que teriam convivido no mesmo ou próximos do local onde ele também residia e de cujas histórias ele seguramente tomou conhecimento e as transformou em livro. Algumas são fragmentadas, outras, completas, na sua quase totalidade, pelo desaparecimento, sempre prematuro, de um ou outro personagem condenado. Quase todos são predominantemente foras-da-lei e até quem deveria cuidar dela, as forças da lei, desviados de sua conduta, são do mesmo ou de pior caráter do que aqueles a quem deveriam combater. São histórias curtas, acontecidas de uns vinte anos para cá, e podemos dizer que elas se repetem até hoje, com outros personagens, outros nomes, outras manchetes nas páginas de plantão policial dos jornais.
Gostei e recomendo a sua leitura. A mim, pessoalmente, o livro chegou a provocar momentos de nostalgia em certas passagens, que fizeram meus pensamentos me conduzirem de volta à avenidas do Capão Redondo, utilizadas por mim como atalho para ir de Santo Amaro até Itapecerica da Serra e adjacências, onde atendia a um grande número de clientes da empresa para a qual eu trabalhava, à mesma época das ocorrências narradas. Quem sabe se não era o Valter, então jovem, que quase atropelei no cruzamento da Estrada de Itapecerica com a Rua Feitiço da Vila, esta citada no seu livro? Quem sabe não cheguei a cruzar com o Boka, personagem principal do livro, no momento em eu tomava um cafezinho numa das padarias daquela estrada, e ele e sua turma, as suas cervejinhas, de costas para mim? Ainda bem que eu não tinha laptop naquele tempo!
Ambientado principalmente no Bairro do Capão Redondo, situado na zona sul do Município de São Paulo, onde o Valter viveu boa parte da sua vida, o livro relata a trajetória de diversos personagens que teriam convivido no mesmo ou próximos do local onde ele também residia e de cujas histórias ele seguramente tomou conhecimento e as transformou em livro. Algumas são fragmentadas, outras, completas, na sua quase totalidade, pelo desaparecimento, sempre prematuro, de um ou outro personagem condenado. Quase todos são predominantemente foras-da-lei e até quem deveria cuidar dela, as forças da lei, desviados de sua conduta, são do mesmo ou de pior caráter do que aqueles a quem deveriam combater. São histórias curtas, acontecidas de uns vinte anos para cá, e podemos dizer que elas se repetem até hoje, com outros personagens, outros nomes, outras manchetes nas páginas de plantão policial dos jornais.
Gostei e recomendo a sua leitura. A mim, pessoalmente, o livro chegou a provocar momentos de nostalgia em certas passagens, que fizeram meus pensamentos me conduzirem de volta à avenidas do Capão Redondo, utilizadas por mim como atalho para ir de Santo Amaro até Itapecerica da Serra e adjacências, onde atendia a um grande número de clientes da empresa para a qual eu trabalhava, à mesma época das ocorrências narradas. Quem sabe se não era o Valter, então jovem, que quase atropelei no cruzamento da Estrada de Itapecerica com a Rua Feitiço da Vila, esta citada no seu livro? Quem sabe não cheguei a cruzar com o Boka, personagem principal do livro, no momento em eu tomava um cafezinho numa das padarias daquela estrada, e ele e sua turma, as suas cervejinhas, de costas para mim? Ainda bem que eu não tinha laptop naquele tempo!
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- Valter Ferraz mora atualmente em Mongaguá e é o titular dos blogs Perplexo Inside e da Rádio Pier FM.
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- I bibida prus músicus!
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3 comentários:
Norival,
amigo véio, a melhor resenha que alguém já fez do Capão Outras histórias. Tenho certeza que não fosse eu o autor e personagem do tal livrinho correria pedir um exemplar. Afinal, para isso são feitas as resenhas.
Agradeço comovido a gentileza e correção do amigo. É por isso também que não deixo a blogosfera.
Sabe que aquele dia que o cara quase me atropelou quando distraidamente tentei atravessar a Feitiço da Vila, pensei: um dia te pego feladaputa. Pois é. Peguei!
Amigo, fique com o meu
Forte abraço
Norival, eu sempre dizia a ele para atravessar no farol, ali de frente o supermercado Morita, lembra?
Mas não, queria cortar caminho, tinha que descer toda a Feitiço da Vila.
Mas, brincadeiras a parte, obrigada pelo seu carinho. Como ele mesmo disse, você caprichou na resenha.
Ficou perfeita.
Um beijo
Queridos Aninha e Valter:
Tenho uma vaga lembrança do Supermercado Morita, assim como da Rua Feitiço da Vila, onde visitava uma pequena fábrica de soro medicinal, que estava se transferindo para uma das quebradas da Regis Bittencourt, algo bem maior do que aquela fábrica de Capão Redondo. Acabou que os feladaputa não compraram porra nenhuma de mim.
Quanto ao quase atropelamento Valter, não precisava ter jogado o tijolo no meu carro. Acabou amassando o capô do portamalas! Mas deixa isso pra lá!
Quanto à resenha, fiz o que realmente me pareceu sincero e as palavras que lá estão saíram numa correria algo descontrolada da minha cabeça, doidas para fazerem parte do texto. Se ficaram bem encaixadas e vocês gostaram, só tenho que ficar feliz.
Novos abraços e novamente um bom final de semana para vocês e seus filhos.
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