Pretendo publicar aqui, de vez em quando, algumas receitas de comidas, doces ou bebidas que, de alguma forma, chegaram ao meu conhecimento, provocaram o meu interesse e, principalmente, a minha gula. Assim, num misto de curiosidade esotérica, bastante acentuada quando o Sol dá uma daquelas suas explosões e interfere com as ondas de rádio aqui da terra (Na Lua aconteceria a mesma coisa com o seu radinho de pilha, fique ligado se você for pra lá!), misturada com a necessidade sempre presente de, como qualquer ser humano, comer, beliscar ou beber algo desconhecido, parto pros finalmentes e executo a ilustre receita. Se der certo e receber o meu selo de “Receita Aprovada”, fiquem cientes de que dei a ela uma nota retirada entre 200 outras e que ficam em rolinhos de papel bem enroladinhos, guardados dentro de um saquinho meu, no qual tem uma etiqueta colada onde se lê “Coisas que podem ser imprestáveis para os outros”. O título é esse mesmo. Afinal, quem gosta de sopa de olhos de varejeira? Linhasmente, essa etiqueta nem existe no saquinho, mas a sua apresentação dá uma idéia da potência da minha criatividade. Se mamãe sempre concorda comigo, então fico dispensado da aprovação de mais alguém, concordam?
Foi o que aconteceu com uma receita de frango caipira com catup, digo, frango caipira com whisky, que a minha amiga Célia Borges me enviou e que repasso com muito prazer a todos os meus amigos.
Então, lá vai:
INGREDIENTES
1 garrafa de whisky - do bom é claro! Não venha com aquela de Old Eight ou Drury's, faz favor!
1 frango de aproximadamente 2 kilos;
Sal, pimenta e cheiro verde a gosto;
350 ml de azeite de oliva extra virgem;
500 gr de bacom em fatias;
Nozes moídas.
MODO DE PREPARAR
- Pegue o frango;
- Beba um copo de whisky;
- Envolver o frango no bacom e temperá-lo com sal, pimenta e cheiro verde a gosto;
- Massageá-lo com azeite;
- Pré-aquecer o forno por aproximadamente 10 minutos;
- Sirva-se de uma boa (caprichada) dose de whisky, enquanto aguarda. Afinal, você que ralou a semana inteira, merece!
- Colocar o frango numa assadeira grande;
- Sirva-se de mais duas doses de whisky. Querendo, bota uns gelinhos pra ficar "on dã roquis".
- Axustar o turrbostato na marca 3, e debois de uns binte binutos, botar para assassinar, digo, assar a ave;
- Derrubar uma dose de whisky, bedois de beia hora, arriar a abaertura e controlar a assssadura do frango;
- Tentar zentar na gadeira, servir-se de uoooooootra dose manêra de whisky;
- Cozer, costurar, cozinhar, sei lá ! Dane-se o vrango ! Pára tudu e beba mais uma "on dã roquis".
- Deixááááá o fiudazunha do pato no vorno por umas 4 horas;
- Tentar retirar o peru, ou vrango, ou pernil do vorno;
- Mandar mais uma boa dose de whisky pra dentro;
- Tentar novamente tirar o sacana do... O que qué messssmo? - Pato? Vrango? Ara, isso não tem mais importância. Tente tirar o assado do vorno, porque na primeira teeendadiiiiva dããããão deeeeeeeeeeuuuu;
- Begar o fia-da-puta do gato assado, digo, pato, o troço que gaiu no jão, enxugar o sssscumuguentu com a toalha de rosssstu e colocá-lo numa pandeja ou outra borra qualquer, bois avinal, você nem gossssta dessa porcaria messssmooo.
- Bronto!
PS: Num vumita no pernil, no vrango, no peru... Ara, num vumita no assado, o cacete!
- I bibida prus músicus!
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