domingo, 26 de maio de 2013

Orações valem ou não valem?

Em Aquiraz, no Ceará, Dona Tarcília Bezerra construia uma expansão de seu cabaré, cujas "atividades" estavam em constante crescimento após a criação do seguro desemprego para pescadores e vários outros tipos de bolsa.

Em resposta, uma igreja prafrentex local, vizinha da "casa do pecado", iniciou uma forte campanha para bloquear a expansão, com sessões ininterruptas de orações em sua igreja, pela manhã, à tarde e à noite.

O trabalho de ampliação e reforma progredia célere até uma semana antes da reinauguração, quando um raio atingiu o cabaré danificando as instalações elétricas e provocando um incêndio que destruiu o telhado e grande parte do prédio. O quê havia ficado em pé, uma forte ventania cuidou de jogar tudo ao chão logo em seguida.

Após a destruição do cabaré, o pastor e os crentes da igreja passaram a se gabar "do grande poder da oração".

Então, Dona Tarcília processou a igreja, o pastor e toda a congregação, com o fundamento de que eles "foram os responsáveis pela destruição do prédio e de seu negócio, utilizando-se da intervenção divina, direta ou indireta, e das ações ou meios para aquele fim”.

Na sua resposta à ação judicial, a igreja, por seus procuradores, negou veementemente toda e qualquer responsabilidade ou qualquer ligação com o fim do edifício.

O juiz a quem o processo foi submetido leu a reclamação da autora e a resposta dos réus e, na audiência de abertura, comentou:

- Eu não sei como vou decidir neste caso, mas uma coisa está patente nos autos:

- Temos aqui a proprietária de um cabaré que firmemente acredita no poder das orações e uma igreja inteira declarando que as orações não valem nada!”


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- I bibida prus músicus!

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