segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Irã x Israel - Anotações da WEB 002


Ataque aéreo contra o Irã pode ser tarefa complicada para Israel

Caso Israel decida atacar o Irã, seus pilotos precisarão voar mais de 1,6 mil km em um espaço aéreo hostil, reabastecer em rota, enfrentar as defesas anti-aéreas iranianas, atacar vários postos subterrâneos simultaneamente e usar pelo menos 100 aviões.

Essa é a avaliação dos oficiais da Defesa dos Estados Unidos e de analistas militares próximos ao Pentágono, que dizem que um ataque israelense com intuito de impedir o progresso do programa nuclear iraniano seria uma operação enorme e altamente complexa. Eles descrevem o ataque como muito diferente da empreitada mais "cirúrgica" que Israel realizou contra um reator nuclear na Síria, em 2007, ou mesmo aquele contra o reator iraquiano Osirak, em 1981.

Levando em consideração que Israel atacaria quatro grandes instalações nucleares do Irã, as instalações de enriquecimento de urânio em Natanz e Fordo, o reator de água pesada em Arak e a usina em Isfahan, analistas militares norte-americanos dizem que o primeiro problema é como chegar lá. Existem três rotas possíveis: a do norte, sobre a Turquia, a do sul, através da Arábia Saudita ou a rota central, pela Jordânia e Iraque.

O percurso sobrevoando o Iraque seria provavelmente o mais direto, segundo os analistas, porque o Iraque efetivamente não tem defesas aéreas e os Estados Unidos, após a sua retirada de dezembro, não têm mais a obrigação de defender os céus do país.

Supondo que a Jordânia tolere o sobrevoo israelense, o próximo problema seria a distância. Israel tem jatos americanos F-15I e F-16I que conseguem transportar bombas até os alvos, mas seu alcance - dependendo da altitude, velocidade e carga útil - está muito aquém da viagem de 3,28 mil km de ida e volta. E isso também não inclui o tempo que a aeronave irá sobrevoar um possível alvo caso tenha que se engajar em combate contra mísseis e aviões iranianos.

Em uma situação na qual Israel tenha que usar aviões tanques para reabastecimento, acredita-se que o país simplesmente não tenha quantidade suficiente dessas aeronaves para a operação. Scott Johnson, um analista na consultora de defesa IHS Jane e o líder de uma equipe que está preparando um seminário online sobre as possibilidades de um ataque israelense contra o Irã, disse que Israel tem oito aviões tanques KC-707, embora não esteja claro se eles estão todos em estado operacional. Segundo ele, é possível que Israel tenha reconfigurado alguns aviões existentes para servirem de tanques caso necessário.

Outro grande obstáculo é o inventário de bombas que Israel tem que são capazes de penetrar a usina de Natanz, que pode estar localizada sob 9 metros de concreto, e Fordo, que foi construída em uma montanha. Assumindo que não irá usar um dispositivo nuclear, Israel tem também bombas americanas “anti-paiol” que poderiam danificar tais instalações fortificadas, embora não esteja muito claro o quão profundo elas poderão atingir caso ocorra um ataque.

No início deste mês, um relatório do Centro Bipartidário de Política feito por Charles Robb, ex-senador democrata da Virgínia, e Charles Wald, um aposentado da Força Aérea, recomendou que o governo de Obama vendesse 200 bombas "anti-paiol” aprimoradas para Israel bem como três avançados aviões de reabastecimento.

Os dois disseram que não estavam defendendo um ataque israelense, mas que as munições e aeronaves eram necessárias para melhorar a credibilidade de Israel para ameaçar um ataque aéreo.

Reportagem completa neste link, da iG – Internet Generation.

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- I bibida prus músicus!

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