quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Pássaros invocados

- Está me encarando por quê?

- Vou sair na ponta dos pés pra não chamar a atenção do vizinho bravo aí de cima!

- Pombas! Você continua a nos encarar, hem!

- Né nada implicante, não, pessoal! É que fiquei curioso com a pose deste passarinho, parecendo um bailarino. Aí, reparando bem, constatei que o quê eu via como os pés dele, era simplesmente a ponta do seu rabo. E o mais interessante foi a descoberta do quê estava na boca, digo, no bico dele!

- Muito bem! Então se você está satisfeito agora, não precisa ficar mais enchendo o saco da gente!

- Primeiro, deixem-me admirar a incrível plumagem deste casalzinho de patos nigerianos...

- Aí, ô meu! Agora dê os créditos pra Rosani N. Gomes, que lhe mandou o pps com estas imagens, e dá no pé, tá legal?

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- I bibida prus músicus!

Fotos em destaque – 014 e 015

No hemisfério norte é primavera, mas isso é apenas boato, porque nevascas recordes têm-se observado frequentemente por lá e proporcionaram, entre outras coisas boas, muitas imagens fantásticas. Numa de suas belas reportagens fotográficas, o blog Boston.com (link) nos apresenta uma seleção de 47 imagens dessa anomalia da Natureza ao redor do mundo que nós, aqui dos trópicos, só podemos ver nos noticiários de TV.

Prá registro de nosso blog, copiamos duas delas:

Vinhedos sob a neve perto de Ebingen, sul da Alemanha, em 8 de fevereiro de 2013. Foto: Patrick Seeger / dpa / Associated Press

Pilhas de conteineres coloridos semi-cobertos de neve criam um padrão de arte para um quadro monumental no porto de Rotterdam, na Holanda, em 15 de janeiro de 2013. Foto: Robin Utrecht / AFP / Getty Images

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- I bibida prus músicus!

Rodrigueando por aí

Algumas frases de Nelson Rodrigues (Recife, 23.08.1912 - Rio de Janeiro, 21.12.1980), jornalista e escritor brasileiro, tido como o mais influente dramaturgo do Brasil, selecionadas entre dezenas que o meu amigo José A. S. me enviou por email. Leia mais, aqui.

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"Qualquer indivíduo é mais importante que toda a Via Láctea." (Sentiu uma coçadinha na espinha, hem?)

"O mundo é a casa errada do homem. Um simples resfriado que a gente tem, um golpe de ar, provam que o mundo é um péssimo anfitrião. O mundo não quer nada com o homem, daí as chuvas, o calor, as enchentes e toda sorte de problemas que o homem encontra para a sua acomodação, que aliás, nunca se verificou. O homem deveria ter nascido no Paraíso."

"O povo é um débil mental. Digo isso sem nenhuma crueldade. Foi sempre assim e assim será, eternamente." (Assim sendo, aprendam a me aturar!)

"O marido não deve ser o último a saber. O marido não deve saber nunca."

"O presidente que deixa o poder passa a ser, automaticamente, um chato." (Vide FHC, vide Lula.)

"Em futebol, o pior cego é o que só vê a bola. A mais sórdida pelada é de uma complexidade shakesperiana. Às vezes, num córner bem ou mal batido, há um toque evidentíssimo do sobrenatural."

"Eu não sou ninguém para dizer certas coisas, mas o bom no brasileiro é que ele, sem saber de nada, diz coisas horrendas."

"O brasileiro é um sujeito que gosta de fazer farra, é um desses que, em pleno velório, põe a mão na viúva."

"O que atrapalha o brasileiro é o próprio brasileiro. Que Brasil formidável seria o Brasil se o brasileiro gostasse do brasileiro."

"O carioca é esse sujeito fascinante só na base dos defeitos que tem."

"Diga-se de passagem que eu considero o brasileiro o maior sujeito do mundo. O europeu já está esgotado. O europeu tem na casa dele pires de mil anos, escadas de mil anos. Tudo é velho pra burro. Já com o brasileiro é inteiramente diferente."

"O brasileiro não está preparado para ser "o maior do mundo" em coisa nenhuma. Ser "o maior do mundo" em qualquer coisa, mesmo em cuspe à distância, implica uma grave, pesada e sufocante responsabilidade!”

"É trágica a falta de imaginação da paisagem no país desenvolvido. O desenvolvimento é burro, ao passo que o subdesenvolvimento pode tentar um livre, desesperado, exclusivo projeto de vida."

"Nós, da imprensa, somos uns criminosos do adjetivo. Com a mais eufórica das irresponsabilidades, chamamos de "ilustre", de "insigne", de "formidável", qualquer borra-botas."

"A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem.”

"Acho a velocidade um prazer de cretinos. Ainda conservo o deleite dos bondes que não chegam nunca.”

"Sem sorte, não se chupa nem um chica-bom. Você pode engasgar com o palito ou ser atropelado pela carrocinha.”

"Só acredito nas pessoas que ainda se ruborizam."

"Pode-se identificar um Tricolor entre milhares, entre milhões. Ele se destingue dos demais por uma irradiação específica e deslumbradora."

“O Flamengo tem mais torcida, o Fluminense tem mais gente.”

"Se o Fluminense jogasse no céu, eu morreria para vê-lo jogar."

“Supõe-se que todas as alegrias se parecem. Mas a verdade é que a alegria rubro-negra não se parece com nenhuma outra. Não sei se é funda, ou mais dilacerada, ou mais santa. Só sei que é diferente.”

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- I bibida prus músicus!

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A lógica da camuflagem




Ainda recentemente, uma notícia proveniente da Austrália dava conta do sumiço de um jipão do exército, desaparecido durante manobras militares numa daquelas áreas desérticas de lá. Detalhe: O JIPÃO ESTAVA CAMUFLADO!

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- Fonte: Do blog Joe-ks.com (link).

- I bibida prus músicus!

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Tucunaré na cerveja

Amigos pescadores: anotem e guardem esta excelente receita!

Ingredientes:

2 kg de tucunaré
1 lata de azeite oliva
2 pimentões
2 dentes de alho
4 cebolas médias
1 kg de tomate
sal a gosto
3 ou 4 pacotes de latas de cerveja gelaaaaaaada!!!!
1 mulher

Modo de preparo:


1- Ponha a mulher na cozinha com os ingredientes e feche a porta.

2- Tome cerveja durante duas horas e depois peça para ser servido.

É uma delícia e quase não dá trabalho!

Se gostou, repasse o link desta postagem para os seus amigos.

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- I bibida prus músicus!

Dicas caseiras

 
Use fio dental para cortar perfeitamente bolos, queijos e outros sólidos moles.

 
Tire fotos com o seu iPhone de amigos segurando itens que você lhes emprestou. Assim, no futuro, você se lembrará mais facilmente dos esquecidinhos das suas obrigações para com você.

 
Tire uma foto de sua geladeira com as portas abertas e você nunca irá se esforçar para lembrar o quê precisa comprar no supermercado! Leve a foto sempre com você, na sua carteira. Vai que na volta do trabalho resolve dar uma passadinha no supermercado...

 
Congele uvas para refrigerar vinho branco sem aguá-lo ou enfraquecê-lo com pedras de gelo. Depois que o vinho acabar, você pode comer as uvas!

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- Fonte: Blog Oddee.com (link), onde você encontra mais 10 dicas diferentes.

- I bibida prus músicus!

Fila na Bahia, porque ninguém é de ferro

Nada como um pouco de ordem e organização, mesmo quando se precisa matar um tempinho e se tem assentos disponíveis, né mesmo?

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- I bibida prus músicus!

Mané sem ovos

Manuel chega em casa abatido, cabisbaixo, e Maria vai logo perguntando:

- O quê foi que houve, Manuel? Aconteceu alguma coisa?

E o portuga responde:

- Uma tragédia, Maria! Estive no doutor esta tarde e ele disse que eu vou ser castrado!

Maria, assustada, pergunta:

- Castrado, Manuel? Mas o quê é que você tem?

E ele:

- Peguei um tal de colesterol! E a melhor solução vai ser cortar os ovos!

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- I bibida prus músicus!

Tava indo tão bem...

Um ventríloquo estava fazendo um show num bar de uma cidade do interior. Estava exibindo o seu repertório habitual sobre a burrice das loiras, quando uma loiraça sentada na quarta mesa se levantou e disse:

- Já ouvi o suficiente das suas piadas denegrindo as loiras, seu idiota! O quê é que o faz pensar que pode estereotipar as mulheres dessa maneira? O quê é que tem a ver os atributos físicos de uma pessoa com o seu valor como ser humano?

E continuou mandando bala:

São homens como você que impedem que mulheres como eu sejam respeitadas no trabalho e na comunidade, o quê nos impede de alcançar o pleno potencial como pessoa. Por sua causa e por causa das pessoas da sua laia, perpetua-se a discriminação não só contra as loiras, mas contra as mulheres em geral... Tudo em nome do humor!

Confuso, o ventríloquo começou a pedir desculpas, mas a loira o interrompe, dizendo:

- O senhor não se meta! Estou falando com esse rapazinho que está sentado no seu colo!

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- I bibida prus músicus!

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

A semana passada em revista

Tá certo que as manchetes da semana passada não têm mais o atrativo da novidade, mas, pra não deixar passar em branco, deixemos algumas registradas aqui no nosso blog, como se segue:
Recordo-me que na semana retrasada, ou antes, havia algumas coisas para serem publicadas, mas, por pura falta de inspiração poética, deixei de fazê-lo. Uma delas, entretanto, não me sai da cabeça e não posso deixar de mencioná-la: é aquela do cientista japonês que está desenvolvendo uma carne para consumo humano, feita da colheita dos cocôs dos esgotos de Tóquio. Leia mais, aqui.

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- Fonte do cartoon: Blog Joe-ks.com (link).

- I bibida prus músicus!

sábado, 16 de fevereiro de 2013

O tal do "meia" em português

Ou, trocando o seis por meia dúzia,
Ou, as maravilhas da Língua Portuguesa,
Ou, mas que língua complicada!

- Por favor, gostaria de fazer minha inscrição neste Congresso.

- Pelo seu sotaque vejo que o senhor não é brasileiro. O senhor é de onde?

- Sou de Maputo, Moçambique.

- Da África, né?

- Sim, sim, da África!

- Aqui está cheio de africanos, vindo de toda parte do mundo.

- O mundo está cheio de africanos!

- É verdade!

- Se pensar bem, veremos que todos somos africanos, pois a África é o berço antropológico da humanidade...

- Pronto, tem uma palestra agora na sala meia oito!

- Desculpe, qual sala?

- Meia oito!

- Podes escrever?

- Não sabe o que é meia oito, sessenta e oito... É assim, veja: 68 !

- Ah, entendi, meia é seis.

- Isso mesmo, meia é seis! Mas não vá embora, só mais uma informação: a organização do Congresso está cobrando uma pequena taxa para quem quiser ficar com o material, DVD, apostilas etc. Gostaria de encomendar?

- Quanto tenho que pagar?

- Dez reais, mas estrangeiros e estudantes pagam meia.

- Huuuummm... Que bom. Ai está, seis reais!

- Não, o senhor paga meia! Só cinco, entende?

- Pago meia? Só cinco? Meia é cinco?

- Isso, meia é cinco!

- Tá bom, meia é cinco!

- Cuidado para não se atrasar, a palestra começa às nove e meia!

- Então já começou, são nove e vinte!

- Não, ainda faltam dez minutos! Como falei, só começa às nove e meia.

- Você pode escrever aqui a hora que começa?

- Nove e meia, assim, veja: 9h30min.

- Ah, entendi, meia é trinta!

- Isso, mesmo, nove e trinta. Mais uma coisa senhor, tenho aqui um folder de um hotel que está fazendo um preço especial para os congressistas. O senhor já está hospedado?

- Sim, já estou na casa de um amigo!

- Em que bairro?

- Nas trinta bocas!

- Trinta bocas? Não existe esse bairro em Fortaleza, não seria nas seis bocas?

- Isso mesmo, no bairro meia boca!

- Não é meia boca, é um bairro nobre!

- Então deve ser cinco bocas!

- Não, seis bocas, entende, seis bocas! Chamam assim porque há um encontro de seis ruas, por isso seis bocas. Entendeu?

(- E há quem possa entender?)

(do livro: PLANTÃO DA ALEGRIA)

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- Fonte: Texto de um email recebido da minha amiga Ellen W. von Windheim. Sobre o livro indicado – Plantão da Alegria, nada foi encontrado.

- I bibida prus músicus!

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upDate em 20.02.13: O autor do texto desta postagem é o Sr. Jansen Viana, piloto do blog Recanto das Letras (link), que, por um comentário nessa mesma postagem no seu blog é identificado como poeta, escritor e filósofo.

Dei uma navegada no blog dele, mas ainda não me fartei com tanta coisa bonita que, sei, ainda tenho que ver lá!

sábado, 9 de fevereiro de 2013

O bêbado e o padre

- Bebado: - Padre, o que é artrose?

- Padre: - Artrose é uma doença que só dá em bêbado, mulambento, pestilento, nazarento, sujão...

(Silêncio...)

- Padre: - Por quê você perguntou isso?

- Bêbado: - Perguntei, porque li no jornal!

- Padre: - E o quê estava escrito no jornal?

- Bêbado: - O Papa está com artrose!

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- I bibida prus músicus!

upDate em 10.02.12: - Taquipariu! Desculpem-me, mas piada seme-
lhante com o Papa eu já havia postado neste blog, neste link.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Pensamientos y acciones cristianas

El domingo pasado fué a misa con mi mujer y en el calsadón vi una de esas personas mendicantes y desgraciadas, las roupas em trapos, como tantas se ven en nuestra ciudad.

Algunos miraban con curiosidad, otros mudaban la mirada hacia otro lugar, como si tuvieran miedo de contagiarse…

Esto me hizo pensar en las palabras de nuestro sacerdote, que siempre nos dice:

“- Cuida a los enfermos, dá de comer a los famientos y vista a los que de roupa necesiten.“

Una voz interior me incitaba a tocar a esa pobre persona indigente, que cubria su cuerpo con trapos y llebaba sus pertenencias en duas sacuelas de plástico de supermercados.

Y mi voz interior continuaba: “- Estica la mano hacia ella y tócala!“

Titubeio… Y esa voz se hace más intensa: “- Estica la mano hacia ella y tócala!“

Entonces no pude resistirme... Y la toqué…
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Entonces mi mujer esticó su mano…
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Y me tocó…
Enfin, seguramente no podré asistir a las proximas misas!

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- Fonte: De um email do meu amigo H. Rychen,  com texto em espanhol, que traduzi pro portunhol, pra facilitar o entendimento de dois correspondentes meus.

- I bibida prus músicus!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

O gerente e o negão

O gerente chama o empregado da área de produção - um negão forte, 1,90 m de altura, 130 kg, recém-admitido - e inicia o diálogo:

- Qual é o seu nome?

- Alceu! - Responde o empregado.

- Olhe! - Diz o gerente. - Eu não sei em que espeluncas de firmas você trabalhou antes, mas aqui nós não chamamos as pessoas pelo seu primeiro nome, porque isso seria muito familiar e levaria à perda de autoridade. Eu só chamo meus subordinados pelo sobrenome, porque, isso sim, é saber colocá-los em seu devido lugar.

Eu os chamo de Ribeiro, Matos, Souza, Andrade, Teixeira... E assim por diante. E quero que me chame de Sr. Mendonça, entendeu?

- Sim, senhor!

Agora, sabendo disso, quero saber: qual é o seu nome?

O empregado responde:

- Meu nome é Alceu Paixão!

- Tá certo... Alceu! Pode ir agora...

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- I bibida prus músicus!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Amadeus Leopold, O Mozart para a modernidade


Outro dia, navegando pela Internet, sem nenhum objetivo fixo no periscópio, me deparei com esse vídeo, de cujo violinista nunca havia ouvido falar nem nunca lido nada sobre ele nem nunca o ouvido tocar. E, ao vê-lo, achei-o meio maluco, com suas performances no palco me lembrando o Ney Matogrosso (alguns já disseram pra Lady Gaga abrir os olhos!), mas mostrando ser um artista maior na arte de ser violinista. E assim, sem mais nem menos, virei seu admirador! Procurando saber mais sobre o moço, encontrei este artigo publicado em 02 pp no blog da Renata Izaal, da Globo.com (link), cujo teor adianto pros meus amigos.

RIO — Não é todo dia que, no meio do trabalho, a repórter recebe um telefonema do entrevistado avisando que este havia mudado de nome.

— Não sou mais Hahn-Bin. Agora me chamo Amadeus Leopold!

A mudança — surpreendente e duvidosa — não é frescura. Ela faz parte de um trabalho de construção estética que o violinista coreano se impôs para, segundo suas próprias palavras, “ser o renascimento da música clássica”. A moda e muita maquiagem estão entre as ferramentas que ele usa nessa tal construção estética de si mesmo.

— As plateias no mundo todo têm me mostrado que eu incorporo uma era passada quando Paganini era como um ícone do pop. Cada evento nos meus 24 anos de vida tem me mostrado que o meu destino é trazer a música clássica de volta ao culto popular. Meu novo nome representa o meu casamento com esse destino — diz Amadeus em entrevista exclusiva ao ELA, a primeira para uma publicação brasileira.

O discurso de Amadeus Leopold soa pretensioso e romântico, marqueteiro até. Mas, num universo em que muitos formandos da Juilliard School ingressam no mercado de trabalho com um séquito de agentes, produtores e contrato de imagem com nomes poderosos da indústria da moda, é curioso que logo ele tenha optado pelo caminho solo. Ao menos quando se trata do visual.

— Eu sou o fotógrafo, o designer gráfico, o maquiador, o cabeleireiro e o figurinista — diz Amadeus, que recebeu propostas de estilistas top para vesti-lo, mas preferiu recusar.

— Se não for customizado, não serve para mim!

Muitos músicos abraçam esse lado do sistema, mas a minha mensagem é particular. Os estilistas teriam que trabalhar duro para entendê-la. Mas, basicamente, posso dizer que não encontrei um Givenchy para a minha Audrey.

Hubert de Givenchy e Audrey Hepburn são algumas das referências atemporais do violinista. Ele se inspira em artistas que construíram suas obras a partir da própria vulnerabilidade.

— Frank Sinatra, Billie Holiday, Judy Garland e Edith Piaf, por exemplo. Eles eram completamente vulneráveis e se doavam no palco como outros artistas não faziam.

E foi justamente da vulnerabilidade que Amadeus construiu sua força. Nasceu em Seul, na Coreia do Sul, filho de pais ausentes cujo sentimento de culpa os fez matricular o menino em uma série de cursos: teatro, balé e música. Sofreu bullying no colégio e já foi especulado que teria sofrido abuso sexual, mas ele não confirma. Prodígio do violino, aos oito anos já excursionava pelo país natal, e aos 12 deu os primeiros concertos nos Estados Unidos. Venceu o concurso Young Concert Artists International Auditions, que já revelou o violinista Pinchas Zukerman e o pianista Murray Perahia. Em Nova York, foi aluno do célebre violinista Itzhak Perlman por 10 anos. Caiu em depressão, em 2009, depois do début no Carnegie Hall:

— Tudo o que eu havia sonhado tinha se tornado realidade, mas eu não me sentia feliz. O violino se tornou uma obrigação. Então, lancei o projeto “renascimento da música clássica” que é um renascimento do meu próprio espírito.

Foi assim que ele decidiu trabalhar o apelo visual de suas performances, para que cada concerto fosse a expressão máxima de sua personalidade. Amadeus Leopold faz questão de não ser um violinista tradicional, daqueles que usa terno, gravata e cabelo cuidadosamente careta.

— Em cada cidade que toco, eu sempre tiro um tempo para andar e conhecer lojas, brechós e mercados de rua. Também faço a maquiagem, e isso pode levar até uma hora, dependendo do visual. Não gosto da moda em si, mas preciso dela para a minha música.

Mesmo não gostando, ele tem boa relação com o mundinho. Já tocou (as “Árias ciganas” de Pablo de Sarasate) na flagship store da Louis Vuitton, em Nova York. O closet tem peças assinadas: Yamamoto, Margiela, Lagerfeld e Rick Owens. O visual impactante, que lembra Lady Gaga ou Boy George, é usado para mostrar que Amadeus não é limitado por fronteiras de raça ou gênero.

— Cada concerto é um funeral do meu passado. Fui o único asiático numa escola americana e o único violinista no conservatório com uma visão diferente da música clássica. Essas limitações são a origem dos meus looks. Com a música e a moda posso ir além e ser quem realmente sou. Não estou interessado em ser normal e não tenho vida pessoal. Sou pessoal quando estou no palco, e é só esse momento que importa.

Diferentemente do que possa parecer, ele não é um daqueles músicos que, com o violino elétrico a postos, se apresentam com bandas de rock. Ao contrário, toca um Guarneri avaliado em US$ 3,5 milhões e é rigoroso na escolha do repertório.

— Não quero ser como David Garrett ou Vanessa Mae, que fazem um pouquinho de música clássica. É isso o quê eu toco o tempo todo, seja no interior conservador dos Estados Unidos, seja em Londres.

Suas performances têm recebido boa acolhida da crítica (“excelente”, disse o “New York Times” sobre sua interpretação do concerto para violino e orquestra, de Tchaikovsky). Entre seus fãs estão o estilista Marc Jacobs e o arquiteto Peter Marino, que patrocinou seu début no Carnegie Hall. Madonna, sempre ela, o convidou para participar do álbum “MDNA”. Ele está na faixa “Beautiful Killer”.

O novo nome é uma homenagem a Mozart (Amadeus era o nome do meio do compositor) e ao violinista húngaro Leopold Auer. Para o futuro, ele tem planos ambiciosos:

— Você não vai deixar de ouvir falar de mim até que eu tenha intoxicado o universo com música clássica.

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- I bibida prus músicus!

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Muuuuito religiosa!

Uma menininha de cinco anos, muito bonitinha, perguntou à sua mãe:

- Mamãezinha! O quê é isso que eu tenho entre as pernas?

A mãe, disse-lhe:

- Isso é uma capelinha sagrada onde ninguém pode entrar!

A menina cresceu, sempre num ambiente profundamente religioso e com pouco contacto com outras crianças.

Já com 17 anos, começou a namorar e um belo dia o namorado, depois de umas alisadas e outras esfregações, resolveu partir pros finalmentes. A reação dela foi imediata:

- De jeito nenhum! Isso é um local sagrado e não podes meter nada aí!

Como a resistência dela mostrava que ele ia ficar com o pombo na mão, ele então teve a idéia de recorrer também à religião e disse-lhe o seguinte:

- Deixa-me, então, guardar o meu santinho dentro da tua capelinha!

Dito assim, ela não teve dúvidas e acabou por ceder. E gostou! Gostou tanto, que até questionou o namorado:

- Querido! E então, esses dois ficam de fora? Porque é que não entram também?

Ao que ele responde:

- Não, amor! Estes ficam na porta! São Testemunhas de Jeová!

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- Fonte: Copiei do blog Grifo Planante, do João Menéres (link), de Porto, Portugal.

- I bibida prus músicus!