No meus idos de jovem, “bico de luz” foi - ou ainda o é - uma expressão usada em Resende, na sua área central, hoje denominada Centro Histórico, criada precisamente no extinto Bar Atlântico para denominar alguém que teima em ficar encostado em alguém que não deseja ou gosta do encosto; ou em participar de uma roda de pessoas para a qual não foi chamado ou convidado.
Na imprensa, nomeiam-se essas pessoas, não estou me recordando direito, mas me parece ser algo como “papagaios de presépio”. São doidas para aparecer, de serem notadas, de sair junto nas fotografias, normalmente atrás de figuras mais importantes. Coisa típica de políticos.
Na foto abaixo, o bico de luz foi o Hadad. Estragou a imagem, apagando o fundo maravilhoso dos jardins da casa do Maluf, que recebia o Lula, e que, se não fosse ele (o Hadad), teríamos cem por cento de aproveitamento da fotografia, perpetuando-se o momento cruciante que simbolizou a união de dois grandes políticos brasileiros, até então considerados inimigos políticos ferrenhos.
Em todo caso, são amigos agora e passarão, seguramente, a trocar figurinhas amiudamente e quiçá, intercalarem almoços um na casa do outro. O duro será um se acostumar com a comida do outro, pois na casa de Maluf, o forte é o quibe, o chucrute e a tripa recheada com arroz; na de Lula, dizem que prevalece o bucho de bode recheado com as entranhas do bicho e o sarapatel com canjiquinha.
Já nesta outra foto, de 4 de maio pp, no Teatro João Caetano, na Praça Tiradentes, na cidade do Rio de Janeiro, Lula recebeu o título de Doutor Honoris Causa das cinco universidades públicas do Estado do Rio de Janeiro, de uma só tacada.
Na foto, a Dilma não é propriamente um bico de luz, mas não deixou de ofuscar com a sua luminescência própria o brilho do homenageado. O quê ela queria, na verdade, e agora estou fazendo uma leitura de suas feições com a minha visão castanha já com uma certa miopia, era lançar um aviso às universidades nacionais e internacionais de que ela também quererá receber esses títulos quando estiver no seu segundo mandato.
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- I bibida prus músicus!
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