Um cara dava as suas pedaladas matinais por uma estradinha lá pelas bandas de Vargem Grande quando viu uma placa na frente de uma casa onde se lia: “VENDE-SE UM CACHORRO QUE FALA”. Ele dá uns gritos, chamando por alguém, o próprio dono da casa o atende, fica ciente do interesse do cara da cidade pelo cachorro, diz que ele está atrás da casa, preso na coleira e que ele poderia entrar e ir bater um papo com ele.
O cara entra no quintal, passa para a parte de trás da casa e vê um bonito olhar na cara de um vira-latas de porte médio, de pelagem curta, com manchas brancas e pretas, de pé, assim como suas orelhas, olhando curioso para ele com ar de boas-vindas, balançando o rabo sem parar e amarrado na coleira que estava presa a um mourão de madeira.
Aproxima-se, faz-lhe um afago na sua cabeça e pergunta:
- Você fala?
- Sim! – Responde o cão.
O cara quase cai para trás ao ouvir o cachorro. Fica meio abobeado, mas recupera-se do susto e diz-lhe:
- Então, conte-me a sua história, que deve ser maravilhosa.
O cachorro olha pra cima, dá um suspiro, encosta o traseiro no chão e começa a falar:
- Bem, eu descobri que podia falar quando ainda era bastante jovem. Então procurei um emprego na Polícia Federal, que me contratou para a seção de combate ao tráfico de drogas. Trabalhei em diversas favelas do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, enfim, conheci praticamente todas as favelas do Brasil. O meu trabalho consistia em me meter no meio deles – quem desconfiaria de um cão espião? – e descobrir quem eram os traficantes, quem era quem dentro dos esquemas criminosos, quais os mais perigosos e depois contar tudo pra polícia, que então armava o modo de combatê-los.
Fui um dos espiões mais valiosos durante oito anos seguidos, mas a vida e o trabalho em favelas me levou a um situação de completo esgotamento e eu não já não era mais tão jovem. Resolvi, portanto, aposentar-me.
Os oficiais do Alto Comando da Polícia Federal, no entanto, não aceitaram o meu pedido de aposentadoria e me convenceram de que, mudando de área, talvez eu recuperasse o interesse pelo serviço de espionagem.
Passei, assim, a trabalhar no Aeroporto Tom Jobim, no Rio, e depois no Aeroporto André Franco Montoro, em Guarulhos, por cujos corredores e salas eu vagava, como quem não queria nada, mas observando e ouvindo atentamente, de perto, os tipos suspeitos, cheirando malas e maletas discretamente, e, depois, relatando tudo aos responsáveis pela continuação das observações.
Descobri procedimentos incríveis nos modos de contrabandear drogas e objetos e, depois de uns quatro anos, resolvi aposentar-me de maneira definitiva, sem possibilidade de voltar à ativa.
Recebi um lote de medalhas pelos serviços prestados, casei-me inúmeras vezes – na favela, principalmente, eu me casava uma meia dúzia de vezes por ano – e tive uma confusão de filhotes.
Agora, estou aqui, à espera de um novo dono, porque o atual não aguenta mais conversar comigo, tem uma conversa muito centralizada, só sabe falar de leite, gado, fabricação de queijo, lingüiça e essas coisas da roça. É por isso que ele quer me vender. Aliás, cá entre nós, eu é que não aguento mais conversar com ele. Quero ter um dono que tenha pensamentos mais aprofundados sobre um monte de assuntos, que seja eclético, enfim.
O cara fica assombrado e vendo que o proprietário do cachorro os observa, pergunta-lhe quando ele quer pelo mesmo.
- Dez Reais! – Diz o dono.
- Dez Reais? - Espanta-se o cara. – Esse cão é assombroso! Por que você o está vendendo tão barato?
- Porque ele é um grande mentiroso, um filho-de-uma-cadela. Ele nunca fez porra nenhuma do que disse a você.
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
- Fonte: Adaptação do blog Joe-ks.com.
- I bibida prus músicus!
O cara entra no quintal, passa para a parte de trás da casa e vê um bonito olhar na cara de um vira-latas de porte médio, de pelagem curta, com manchas brancas e pretas, de pé, assim como suas orelhas, olhando curioso para ele com ar de boas-vindas, balançando o rabo sem parar e amarrado na coleira que estava presa a um mourão de madeira.
Aproxima-se, faz-lhe um afago na sua cabeça e pergunta:
- Você fala?
- Sim! – Responde o cão.
O cara quase cai para trás ao ouvir o cachorro. Fica meio abobeado, mas recupera-se do susto e diz-lhe:
- Então, conte-me a sua história, que deve ser maravilhosa.
O cachorro olha pra cima, dá um suspiro, encosta o traseiro no chão e começa a falar:
- Bem, eu descobri que podia falar quando ainda era bastante jovem. Então procurei um emprego na Polícia Federal, que me contratou para a seção de combate ao tráfico de drogas. Trabalhei em diversas favelas do Rio, São Paulo, Belo Horizonte, enfim, conheci praticamente todas as favelas do Brasil. O meu trabalho consistia em me meter no meio deles – quem desconfiaria de um cão espião? – e descobrir quem eram os traficantes, quem era quem dentro dos esquemas criminosos, quais os mais perigosos e depois contar tudo pra polícia, que então armava o modo de combatê-los.
Fui um dos espiões mais valiosos durante oito anos seguidos, mas a vida e o trabalho em favelas me levou a um situação de completo esgotamento e eu não já não era mais tão jovem. Resolvi, portanto, aposentar-me.
Os oficiais do Alto Comando da Polícia Federal, no entanto, não aceitaram o meu pedido de aposentadoria e me convenceram de que, mudando de área, talvez eu recuperasse o interesse pelo serviço de espionagem.
Passei, assim, a trabalhar no Aeroporto Tom Jobim, no Rio, e depois no Aeroporto André Franco Montoro, em Guarulhos, por cujos corredores e salas eu vagava, como quem não queria nada, mas observando e ouvindo atentamente, de perto, os tipos suspeitos, cheirando malas e maletas discretamente, e, depois, relatando tudo aos responsáveis pela continuação das observações.
Descobri procedimentos incríveis nos modos de contrabandear drogas e objetos e, depois de uns quatro anos, resolvi aposentar-me de maneira definitiva, sem possibilidade de voltar à ativa.
Recebi um lote de medalhas pelos serviços prestados, casei-me inúmeras vezes – na favela, principalmente, eu me casava uma meia dúzia de vezes por ano – e tive uma confusão de filhotes.
Agora, estou aqui, à espera de um novo dono, porque o atual não aguenta mais conversar comigo, tem uma conversa muito centralizada, só sabe falar de leite, gado, fabricação de queijo, lingüiça e essas coisas da roça. É por isso que ele quer me vender. Aliás, cá entre nós, eu é que não aguento mais conversar com ele. Quero ter um dono que tenha pensamentos mais aprofundados sobre um monte de assuntos, que seja eclético, enfim.
O cara fica assombrado e vendo que o proprietário do cachorro os observa, pergunta-lhe quando ele quer pelo mesmo.
- Dez Reais! – Diz o dono.
- Dez Reais? - Espanta-se o cara. – Esse cão é assombroso! Por que você o está vendendo tão barato?
- Porque ele é um grande mentiroso, um filho-de-uma-cadela. Ele nunca fez porra nenhuma do que disse a você.
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- Fonte: Adaptação do blog Joe-ks.com.
- I bibida prus músicus!
2 comentários:
Otima, ótima MESMO!!!
comecei vendo o site por curiosidade mas parabens, dá para se divertir muito aqui ^^
Que bom que você tenha gostado do meu blog, Daniel.
Grande abraço e volte sempre!
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