Fazia muito tempo que eu não ia aos Campos Elíseos, principalmente por causa da abertura da agência do Banco Itaú, aqui no meu Bairro Manejo, com o qual movimento os meus trocados, mas ontem não pude evitar de cruzar a ponte do Rio Paraíba e para lá me deslocar. Fiz o que tinha que fazer e que era só lá que podia fazer! Depois, dei um pulinho no Cospe Grosso à procura do meu amigo Gastão, visível por ali de segunda a sábado, infalivelmente, a quem eu solicitaria informações sobre um amigo comum, o Carlão, já falecido, com as quais esperava completar uma escrivinhação sobre ele.
Como ele não estava presente, perguntei pro Borracha - outro amigo nosso, que se encontrava encostado no balcão bebendo tranqüilamente o seu chopinho e a quem eu também não via há um tempão - se ele sabia do paradeiro do Gastão. Ante a minha pergunta, depois do oba-oba da chegada e dos cumé que vai, Borracha me encarou nos olhos e sua expressão facial, que até então era sorridente pela minha aproximação, transmudou-se para séria, encarou-me fixamente nos olhos e redargüiu-me:
- Pô, cara! Não está sabendo, não?
- Lá vem merda! – Pensei imediatamente e passei, como ele, na velocidade de um corisco, de sorridente para estupefato, sentindo uma contração generalizada dos meus lábios, das bochechas e das pálpebras, simultaneamente ao aparecimento de um amargor na saliva e deixando-me com os olhos quase fechados, e, por fim, o enrugamento típico de preocupação da pele da minha testa, sintomas comuns claramente perceptíveis quando sinto que alguma coisa inesperada e desagradável está para me ser dita. Ato contínuo, mecânico, mesmo, levo uma das mãos à boca, como a querer sufocar ou esconder um grito, um urro, que ameaça, mas não sai. Calo-me por alguns segundos, viro o rosto como que para disfarçar minha emoção e olho para o outro lado, para a rua, como a procurar ninguém. Apesar de tudo, fico muito frio nessas situações. É coisa rápida! Deixo passar um curto espaço de tempo. Mudo, calado! Então, agora com cara de meio abobalhado, a princípio negando-me a ouvir o pior para, em seguida, aguardar o que poderia ser uma paulada, digo-lhe:
- Não vem com brincadeira, não, Borracha! O quê que aconteceu com ele?
- É, meu! – Retrucou Borracha. - Faz quase um ano que o Gastãozinho morreu! Cê não sabia, não?
Foi mesmo como uma paulada na minha cabeça. Num átimo, meus pensamentos foram até Plutão e voltaram.
E continuou: - Morreu lá em Itatiaia, num domingo, disso me lembro muito bem! Foi almoçar na casa de um conhecido dele - uma big de uma peixada. Foi até ele quem levou o peixe! Beberam umas e outras, se lambuzaram e se entupiram com o peixe com pirão. Depois foi dormir num sofá, ali ficando quietinho, quietinho, até que o colocaram, mais tarde, esticadinho, esticadinho, sobre uma maca, que foi finalmente colocada dentro daquela famigerada e famosa perua Chevrolet Caravan do ano 77, tipo pé-de-boi, de cor bege, chapa de Resende, de certa – Cruz credo! - funerária e o trouxeram pra cá, pra ser enterrado no túmulo da família.
Foi uma merda de notícia, mesmo, como eu previ. Acabou com o meu dia e obscureceu a aura do meu astral, como se ficasse de luto até hoje, cerca de um ano após a morte de mais um querido amigo.
Conhecia-o desde a década de 50, quando ele trabalhava no Banco da Lavoura, plantado na Avenida Albino de Almeida, ali perto da boca da ponte velha. Acho mesmo que este deve ter sido o único registro em sua carteira profissional. Era um sujeito de bem com a vida, sempre rindo, sempre solícito e, pelo que sei mais dele até hoje, nunca soube que tenha falado mal de mim!
João Carlos Cardoso Gastão, conhecido simplesmente como Gastão, era parecido comigo, em matéria de bebida: preferia cachaça a qualquer outra bebida. Cerveja só lhe apetecia como refrigerante da sua goela, arranhada pelas pingas bravas que ele, como eu, tomávamos. Agora, aliás, há quase um ano, por força das circunstâncias em que se meteu, não bebe mais, mas eu , quando estou na ativa, o que não é o caso, no momento, acredito que ando bebendo pelos dois.
Minha amizade com ele solidificou-se em 1985 quando, juntamente com o Carlão, o João Antena, ele e eu – todos pertencentes à mesma panelinha de amigos, tudo gente da mais fina qualidade! - nos associamos pra tocar um bar nas proximidades da EXAPICOR – Exposição Agro-Pecuária, Industrial e Comercial de Resende – durante os festejos de 29 de setembro, data do aniversário de emancipação de nosso município. Nessa ocasião, a prefeitura promovia a sua realização ali onde até hoje é a sede do executivo municipal; essa festa foi posteriormente transferida para onde hoje denominamos de Parque da Exposição ou simplesmente pelo seu acrônimo EXAPICOR, uma grande área próxima do aeroporto, possibilitando que tivesse uma infraestrutura compatível com a sua importância e tamanho, que cresce ano a ano. Considero este evento anual não apenas como um dos mais importantes do nosso município - e que me perdoem os municipaleiros das cidades vizinhas - mas também da região, pelo ajuntamento de gente daqui que o freqüenta ou que dele participa, e como participantes me refiro às gentes de fora que para aqui convergem, gente das cidades vizinhas, gente dos shows, sempre com cantores e bandas populares em evidência nos palcos desse Brasilzão, gente das barracas que vende um monte de bugigangas e outro monte de comidas e doces, gente dos estandes de exposição, propriamente falando, de empresas industriais, comerciais, bancos e outras áreas de prestação de serviços
Alugamos, por uns dez dias, uma casa que estava desocupada ali atrás do Fórum, na época um terreno baldio, na esquina da Rua Mário Piriquito com a Avenida Rita Maria Ferreira da Rocha, que eu teimo feito uma mula, melhor dizendo, feito um burro empacado em chamar de Avenida Beira-rio, e ali montamos o nosso boteco, especializado na venda de refrigerantes, cerveja, churrasco de boi e churrasquinho de pernil de porco. - Pinga pro povão? - Não! - Portarias municipais proíbem a sua venda dentro da área de abrangência do megaevento. - Pinga pro Gastão e pra mim? – Lógico! E cerveja à vontade pros quatro proprietários do estabelecimento! Pro Carlão, mais Rum Bacardi pra ele tomar o seu Zécú (rum com Coca-Cola) costumeiro.
Era tudo legal, dentro dos conformes das leis que regem esse tipo de comércio sazonal, porque sói acontecer sempre em plena primavera.
Com o Alvará de Funcionamento obtido e demais autorizações autorizadas (Eita!) para tempo determinado, tocamos o negócio dentro de um princípio que os quatro julgamos de bom senso e justo e que funcionou na base de uma para o freguês, uma para nós. Foi assim que passamos um bom par de dias nos divertindo pra valer no BAR DOS 4 PATETAS, que teve até uma placa com esse nome pendurada do lado externo da casa e que, tenho absoluta convicção do que vou dizer, marcou profundamente nossas vidas e amalgamou nossas amizades.
Foi uma pauleira dos diabos, uma correria filho-da-puta, praticamente 24 horas por dia. Fazíamos revezamento, mas no final da festa, estávamos esgotados e, descontados os canos, sobrou de lucro, para ser dividido por 4, nada maior do que um salário mínimo, suficiente, no entanto, para não deixarmos de fazer uma derrubada no dia seguinte lá no Cospe Grosso e ficar bebendo até que o Russo baixasse as portas.
Não sobrou uma foto, tampouco nenhuma outra lembrança física.
- E o quê resta dos quatro patetas, hoje? – Pergunta solta, que poderei ouvir a qualquer momento.
- Apenasmente eu e a lembrança das brincadeiras e dos fatos que lá aconteceram conosco; ficou muita saudade da nossa convivência naqueles dias; do João Antena, que morreu há mais de dez anos, do coração; do Carlão que, como já disse, também morreu, já tem mais de cinco anos, do coração também; há cerca de um ano, morreu o Gastão, conforme narrado, do coração, talqualmente o Carlão e o João. No último chek-up que fiz, em agosto último, meu coração estava OK, my boy!
Se eles estão me esperando em algum lugar pela minha chegada e já treinando em fila com o ilá, ilá, irê, ô, ô, ô da Xuxa, com cuja fila deverei me juntar um dia para emendar o trenzinho da alegria, podem tratar de tirar o cavalinho da chuva porque tão cedo não pretendo, não quero, não estou a fim de acompanhá-los nas suas paradas atuais e vamos dar por encerrado este papo!
Esclareço a todo mundo que além dos nomes e apelidos que citei, pouquíssima coisa posso acrescentar sobre os meus três amigos. Para a manutenção da nossa amizade, era suficiente apenas um nome ou um apelido. Do João Antena, acho que tinha o sobrenome de Batista e era o irmão mais velho do Jass, também meu amigo, também morto há uns 2-3 anos. Também do coração! E do Gastão, sei que era oriundo da Vila Araújo, onde morava até bater as botas.
E, antes de concluir, fico cá ruminando com meus botões: eu estava a fim de escrever sobre o Carlão e acabei escrevendo sobre o Gastão. Coisas do momento, dirão os filósofos da barbearia da esquina.
Mas valeu pelo inesperado da inspiração que tive para escrever este artigo, que terminou selecionando o Gastão como personagem principal e que foi, resumidamente, uma pessoa que trilhou comigo os mesmos caminhos em determinados momentos de nossas vidas e que permanecerá eternamente na minha lembrança como um amigo fiel, de agradável e insubstituível companhia e que por isso se tornou um dos meus tipos inesquecíveis.
Haverá o momento de escrever sobre o Carlão que, entre todos os amigos que tenho e tive, ocupa um lugar muito especial nas minhas recordações, pelo seu jeito pessoal e inigualável de alegrar a todos os que se encontravam na sua proximidade. E eu me recordo dele todo dia e, a cada lembrança, sinto meu coração se comprimir, como se amuado ficasse pela distância que hoje nos separa. Só para você ter uma idéia dessa separação, visitante amigo, é dele a frase com a qual sempre termino os meus escritos e que fica no pé das minhas postagens. Confira!
- I bibida prus músicus!
- E então, amigo internauta! Você acha que posso deixar de escrever alguma coisa sobre o Carlão algum dia?
Como ele não estava presente, perguntei pro Borracha - outro amigo nosso, que se encontrava encostado no balcão bebendo tranqüilamente o seu chopinho e a quem eu também não via há um tempão - se ele sabia do paradeiro do Gastão. Ante a minha pergunta, depois do oba-oba da chegada e dos cumé que vai, Borracha me encarou nos olhos e sua expressão facial, que até então era sorridente pela minha aproximação, transmudou-se para séria, encarou-me fixamente nos olhos e redargüiu-me:
- Pô, cara! Não está sabendo, não?
- Lá vem merda! – Pensei imediatamente e passei, como ele, na velocidade de um corisco, de sorridente para estupefato, sentindo uma contração generalizada dos meus lábios, das bochechas e das pálpebras, simultaneamente ao aparecimento de um amargor na saliva e deixando-me com os olhos quase fechados, e, por fim, o enrugamento típico de preocupação da pele da minha testa, sintomas comuns claramente perceptíveis quando sinto que alguma coisa inesperada e desagradável está para me ser dita. Ato contínuo, mecânico, mesmo, levo uma das mãos à boca, como a querer sufocar ou esconder um grito, um urro, que ameaça, mas não sai. Calo-me por alguns segundos, viro o rosto como que para disfarçar minha emoção e olho para o outro lado, para a rua, como a procurar ninguém. Apesar de tudo, fico muito frio nessas situações. É coisa rápida! Deixo passar um curto espaço de tempo. Mudo, calado! Então, agora com cara de meio abobalhado, a princípio negando-me a ouvir o pior para, em seguida, aguardar o que poderia ser uma paulada, digo-lhe:
- Não vem com brincadeira, não, Borracha! O quê que aconteceu com ele?
- É, meu! – Retrucou Borracha. - Faz quase um ano que o Gastãozinho morreu! Cê não sabia, não?
Foi mesmo como uma paulada na minha cabeça. Num átimo, meus pensamentos foram até Plutão e voltaram.
E continuou: - Morreu lá em Itatiaia, num domingo, disso me lembro muito bem! Foi almoçar na casa de um conhecido dele - uma big de uma peixada. Foi até ele quem levou o peixe! Beberam umas e outras, se lambuzaram e se entupiram com o peixe com pirão. Depois foi dormir num sofá, ali ficando quietinho, quietinho, até que o colocaram, mais tarde, esticadinho, esticadinho, sobre uma maca, que foi finalmente colocada dentro daquela famigerada e famosa perua Chevrolet Caravan do ano 77, tipo pé-de-boi, de cor bege, chapa de Resende, de certa – Cruz credo! - funerária e o trouxeram pra cá, pra ser enterrado no túmulo da família.
Foi uma merda de notícia, mesmo, como eu previ. Acabou com o meu dia e obscureceu a aura do meu astral, como se ficasse de luto até hoje, cerca de um ano após a morte de mais um querido amigo.
Conhecia-o desde a década de 50, quando ele trabalhava no Banco da Lavoura, plantado na Avenida Albino de Almeida, ali perto da boca da ponte velha. Acho mesmo que este deve ter sido o único registro em sua carteira profissional. Era um sujeito de bem com a vida, sempre rindo, sempre solícito e, pelo que sei mais dele até hoje, nunca soube que tenha falado mal de mim!
João Carlos Cardoso Gastão, conhecido simplesmente como Gastão, era parecido comigo, em matéria de bebida: preferia cachaça a qualquer outra bebida. Cerveja só lhe apetecia como refrigerante da sua goela, arranhada pelas pingas bravas que ele, como eu, tomávamos. Agora, aliás, há quase um ano, por força das circunstâncias em que se meteu, não bebe mais, mas eu , quando estou na ativa, o que não é o caso, no momento, acredito que ando bebendo pelos dois.
Minha amizade com ele solidificou-se em 1985 quando, juntamente com o Carlão, o João Antena, ele e eu – todos pertencentes à mesma panelinha de amigos, tudo gente da mais fina qualidade! - nos associamos pra tocar um bar nas proximidades da EXAPICOR – Exposição Agro-Pecuária, Industrial e Comercial de Resende – durante os festejos de 29 de setembro, data do aniversário de emancipação de nosso município. Nessa ocasião, a prefeitura promovia a sua realização ali onde até hoje é a sede do executivo municipal; essa festa foi posteriormente transferida para onde hoje denominamos de Parque da Exposição ou simplesmente pelo seu acrônimo EXAPICOR, uma grande área próxima do aeroporto, possibilitando que tivesse uma infraestrutura compatível com a sua importância e tamanho, que cresce ano a ano. Considero este evento anual não apenas como um dos mais importantes do nosso município - e que me perdoem os municipaleiros das cidades vizinhas - mas também da região, pelo ajuntamento de gente daqui que o freqüenta ou que dele participa, e como participantes me refiro às gentes de fora que para aqui convergem, gente das cidades vizinhas, gente dos shows, sempre com cantores e bandas populares em evidência nos palcos desse Brasilzão, gente das barracas que vende um monte de bugigangas e outro monte de comidas e doces, gente dos estandes de exposição, propriamente falando, de empresas industriais, comerciais, bancos e outras áreas de prestação de serviços
Alugamos, por uns dez dias, uma casa que estava desocupada ali atrás do Fórum, na época um terreno baldio, na esquina da Rua Mário Piriquito com a Avenida Rita Maria Ferreira da Rocha, que eu teimo feito uma mula, melhor dizendo, feito um burro empacado em chamar de Avenida Beira-rio, e ali montamos o nosso boteco, especializado na venda de refrigerantes, cerveja, churrasco de boi e churrasquinho de pernil de porco. - Pinga pro povão? - Não! - Portarias municipais proíbem a sua venda dentro da área de abrangência do megaevento. - Pinga pro Gastão e pra mim? – Lógico! E cerveja à vontade pros quatro proprietários do estabelecimento! Pro Carlão, mais Rum Bacardi pra ele tomar o seu Zécú (rum com Coca-Cola) costumeiro.
Era tudo legal, dentro dos conformes das leis que regem esse tipo de comércio sazonal, porque sói acontecer sempre em plena primavera.
Com o Alvará de Funcionamento obtido e demais autorizações autorizadas (Eita!) para tempo determinado, tocamos o negócio dentro de um princípio que os quatro julgamos de bom senso e justo e que funcionou na base de uma para o freguês, uma para nós. Foi assim que passamos um bom par de dias nos divertindo pra valer no BAR DOS 4 PATETAS, que teve até uma placa com esse nome pendurada do lado externo da casa e que, tenho absoluta convicção do que vou dizer, marcou profundamente nossas vidas e amalgamou nossas amizades.
Foi uma pauleira dos diabos, uma correria filho-da-puta, praticamente 24 horas por dia. Fazíamos revezamento, mas no final da festa, estávamos esgotados e, descontados os canos, sobrou de lucro, para ser dividido por 4, nada maior do que um salário mínimo, suficiente, no entanto, para não deixarmos de fazer uma derrubada no dia seguinte lá no Cospe Grosso e ficar bebendo até que o Russo baixasse as portas.
Não sobrou uma foto, tampouco nenhuma outra lembrança física.
- E o quê resta dos quatro patetas, hoje? – Pergunta solta, que poderei ouvir a qualquer momento.
- Apenasmente eu e a lembrança das brincadeiras e dos fatos que lá aconteceram conosco; ficou muita saudade da nossa convivência naqueles dias; do João Antena, que morreu há mais de dez anos, do coração; do Carlão que, como já disse, também morreu, já tem mais de cinco anos, do coração também; há cerca de um ano, morreu o Gastão, conforme narrado, do coração, talqualmente o Carlão e o João. No último chek-up que fiz, em agosto último, meu coração estava OK, my boy!
Se eles estão me esperando em algum lugar pela minha chegada e já treinando em fila com o ilá, ilá, irê, ô, ô, ô da Xuxa, com cuja fila deverei me juntar um dia para emendar o trenzinho da alegria, podem tratar de tirar o cavalinho da chuva porque tão cedo não pretendo, não quero, não estou a fim de acompanhá-los nas suas paradas atuais e vamos dar por encerrado este papo!
Esclareço a todo mundo que além dos nomes e apelidos que citei, pouquíssima coisa posso acrescentar sobre os meus três amigos. Para a manutenção da nossa amizade, era suficiente apenas um nome ou um apelido. Do João Antena, acho que tinha o sobrenome de Batista e era o irmão mais velho do Jass, também meu amigo, também morto há uns 2-3 anos. Também do coração! E do Gastão, sei que era oriundo da Vila Araújo, onde morava até bater as botas.
E, antes de concluir, fico cá ruminando com meus botões: eu estava a fim de escrever sobre o Carlão e acabei escrevendo sobre o Gastão. Coisas do momento, dirão os filósofos da barbearia da esquina.
Mas valeu pelo inesperado da inspiração que tive para escrever este artigo, que terminou selecionando o Gastão como personagem principal e que foi, resumidamente, uma pessoa que trilhou comigo os mesmos caminhos em determinados momentos de nossas vidas e que permanecerá eternamente na minha lembrança como um amigo fiel, de agradável e insubstituível companhia e que por isso se tornou um dos meus tipos inesquecíveis.
Haverá o momento de escrever sobre o Carlão que, entre todos os amigos que tenho e tive, ocupa um lugar muito especial nas minhas recordações, pelo seu jeito pessoal e inigualável de alegrar a todos os que se encontravam na sua proximidade. E eu me recordo dele todo dia e, a cada lembrança, sinto meu coração se comprimir, como se amuado ficasse pela distância que hoje nos separa. Só para você ter uma idéia dessa separação, visitante amigo, é dele a frase com a qual sempre termino os meus escritos e que fica no pé das minhas postagens. Confira!
- I bibida prus músicus!
- E então, amigo internauta! Você acha que posso deixar de escrever alguma coisa sobre o Carlão algum dia?
6 comentários:
Oi, Norival,
bela, alegre e comovente, crônica (se me poermite falar assim do seu post)
Coisa de amigo e amizade, essas categorias cada vez mais difíceis de serem "contraidas".
Espero a estória do Carlão.
Mudando de papo: também acho muito mais conveniente, bacana até, chamar de Avenida Beira-Rio, a tal rua. Acho, até, que aquela avenida, para quem como eu conheceu durante algum bom tempo a sua cidade, o melhor local para se morar em Resende.
abração
fernando cals
Norival,
apenas:
I bibida prus músicus!
Salve, Fernando!
É mais ou menos como eu já disse aqui neste blog, com outras palavras, seguramente: se você ou qualquer outro amigo virtual meu tiverem um dia a oportunidade de conversar comigo, haverão de perceber que a minha verbiagem é bastante próxima da minha escrevinhagem. Gosto deste meu estilo que, mesmo narrando um fato triste, dele procuro extrair alguma coisa que seja alegre, que tenha alguma dose de humor e, principalmente, de gozação. Ou, como consta no meu gadget “Quem sou eu”: “o meu jeito de enxergar e de interpretar as coisas segue uma estratégia fora dos padrões costumeiros, como, por exemplo, transformar um drama em uma comédia, tal como é induzido dentro da perspectiva encenada numa comédia italiana”. E se o Gastão estivesse vivo e lesse essa minha crônica, certamente que ele a classificaria da mesma forma como você e também não pediria permissão nenhuma para se manifestar. E acrescentaria mais alguma gozação extra!
Quanto a morar na Avenida Beira-Rio, você não deixa de ter razão ao classificá-la como um dos melhores locais para se morar em Resende, mormente se morar num apartamento pra cima do 4º, 5º andares de um dos muitos prédios plantados nela, de onde se tem uma visão espetacular das serras das Agulhas Negras. Mas Resende, hoje, está completamente diferente, dependendo de quando você a conheceu: muitos bairros novos, assim como condomínios muito bacanas, inclusive com residências nas partes elevadas dos terrenos, que presenteiam seus moradores e visitantes com a mesma visão das Agulhas Negras e da própria cidade.
Por hoje é só! Outra hora continuo com este papo que me e muito agradável.
Grande abraço e bom fim de semana para você e sua família.
Salve, Valter:
Bibida prus músicus e pra nós também!
Puta merda, meu! Baita sacanagem! Tenho certeza de que todos os seus amigos visitantes do PerplexoInside estamos sentindo a sua falta.
Se arrependa e volte, seu desgraçado, caso contrário, o calo que se criou na sua bunda pelo tempo que blogou sentado vai desaparecer e voce irá sentir falta dele.
Se bem que deve andar agora coçando outras partes de você mesmo, que poderá até dizer: - Se não tô cuidando da Pier FM,tô coçando o saco, ô, meu!
Grande abraço, volte sempre.
Um bom domingo pra você, pra Aninha e pra todos os seus descendentes.
Excelente crônica Norival. Também conheci o Gastão, e embora não tivesse com ele o grau de amizade que vc teve, senti o mesmo que vc quando soube de sua partida. Gostei de verdade. Grande homengem.
Forte Abraço,
Fernando Lemos
Fernando Lemos:
O Gastão foi, realmente, um grande amigo e será inesquecível.
Grande abraço.
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